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Campanha #MeToo eleita Personalidade do Ano pela Time

Percorra a galeria de imagens para ficar a conhecer as personalidades que participaram na campanha #MeToo e estão em destaque na revista 'Time'
A atriz Ashley Judd. Foi uma das primeiras a falar ao 'The New York Times' sobre o caso de assédio sexual que envolveu Harvey Weinstein. Fotografia de Gary Gershoff/WireImage
A atriz Alyssa Milano. Foi esta norte-americana de 44 anos quem incentivou as mulheres a escrever #MeToo no Twitter caso tivessem sofrido de assédio sexual. Fotografia de Gabriel Olsen/WireImage
A ativista Tarana Burke. É a voz das mulheres negras que foram vítimas de assédio sexual. Fotografia de Chelsea Guglielmino/FilmMagic
A atriz Selma Blair. A estrela do filme 'Hellboy' juntou-se às centenas de mulheres que acusaram o realizador James Toback de assédio sexual. Fotografia de Stefanie Keenan/Getty Images for H&M x ERDEM
A cantora Taylor Swift. Foi assediada pelo DJ David Mueller, que a apalpou durante uma sessão fotográfica em 2013. O caso seguiu para tribunal e a cantora ganhou. Fotografia de C Flanigan/FilmMagic
A artista e ativista Rose Mcgowan. Além de estar entre as mulheres que acusam Harvey Weinstein de assédio, a artista escreveu no Twitter que Ben Affleck tinha conhecimento da conduta do produtor de Hollywood e nada fez. Fotografia de Aaron Thornton/Getty Images
A psicóloga e locutora de rádio Wendy Walsh. Afirmou que o apresentador O'Reilly impediu que conseguisse um trabalho lucrativo na Fox depois de a psicóloga ter declinado o seu convite para se encontrarem no seu quarto de hotel depois de um jantar, em 2013. Fotografia de Taylor Hill/Getty Images
A jornalista da Fox News Megyn Kelly. Afirmou que foi alvo de assédio sexual por parte do produtor de televisão norte-americano Roger Ailes há 11 anos. Fotografia de Steve Mack/Getty Images

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As pessoas que nos últimos meses denunciaram casos de assédio e abuso sexual, num movimento coletivo denominado “#MeToo”, surgido nos Estados Unidos, foram nomeadas “Personalidade do Ano”, pela revista norte-americana Time.

Na capa da próxima edição da Time surgem cinco mulheres, entre as quais a atriz Ashley Judd e a cantora Taylor Swift, que quebraram o silêncio, denunciaram casos em que foram vítimas de assédio sexual, e fizeram com que milhares de outras pessoas partilhassem histórias semelhantes.

Nas redes sociais, e de uma forma geral na Internet, acabou por sobressair um movimento coletivo espontâneo de denúncia e partilha com a designação #MeToo (#EuTambém”), mas, para o editor Edward Felsenthal, da revista Time, isso é só “parte do retrato” sobre assédio e abuso sexual.

É a mudança social mais rápida a que assistimos em décadas“, disse Edward Felsenthal, quando anunciou esta quarta-feira a escolha de “Personalidade do Ano”, deixando para trás figuras como o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o Presidente da China, Xi Jinping, e o jogador norte-americano Colin Kaepernick.

Um dos casos mais mediáticos envolveu o produtor norte-americano Harvey Weinstein, acusado de assédio e abuso sexual por mais de oitenta mulheres, entre as quais várias estrelas de Hollywood, como Gwyneth Paltrow, Ashley Judd e Angelina Jolie.

Depois destas denúncias, através de investigações pelo jornal The New York Times e a revista The New Yorker, e que levaram Harvey Weinstein a ser despedido da empresa que cofundou e à sua expulsão de várias associações e organizações, nomeadamente da Academia de Hollywood, outros casos foram surgindo.

Entre os acusados de assédio e abusos sexuais, mas também de má-conduta sexual, estão atores como Kevin Spacey e Dustin Hoffman, o ex-presidente da Amazon Studios Roy Price, os realizadores Brett Ratner e James Toback, os jornalistas Charlie Rose, Glenn Thrush e Matt Lauer, o fotógrafo Terry Richardson e o comediante norte-americano Louis C.K..

No Reino Unido, o deputado Kelvin Hopkins, do Partido Trabalhista, foi suspenso por alegado assédio sexual, o ministro da Defesa, Michael Fallon, demitiu-se por comportamento impróprio com uma jornalista, e outros dois ministros foram acusados de assédio.

No início desta semana, a Ópera Metropolitana de Nova Iorque suspendeu toda a colaboração com o maestro James Levine, alvo de denúncias de agressões sexuais. Roy Moore, o candidato republicano a senador pelo Estado do Alabama, nos EUA, foi denunciado por assédio sexual de menores, mas mantém a candidatura, com apoio público do presidente Donald Trump, embora o Partido Republicano já tenha pedido a sua renúncia às eleições de 12 de dezembro.


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