Cancro colorretal aumentou cinco vezes em pré-adolescentes. Ciência avança razões

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[Fotografia: Pexels/EnginaKurt]

O cancro do cólon ou dos intestinos está a crescer abruptamente entre os mais novos, deixando de ser uma doença tipicamente característica em pessoas mais velhas.

Os dados norte-americanos indicam que, em 1999, eram cerca de 0,1 os jovens em cada cem mil e com idades entre os 10 e os 14 anos que tinham sido diagnosticadas com este tipo de tumor. Vinte anos depois, em 2020, a equipa de investigadores Universidade de Missouri-Kansas City, dos Estados Unidos da América, que olhou para os resultados afirma que este tipo de cancro já regista uma incidência de 0,6 jovens de iguais idades por cem mil.

Segundo a mesma base de dados que serviu de suporte a esta análise – a do Centers for Disease Control – a taxa de incidência em jovens dos 15 aos 19 anos, em igual período, disparou dos 0,3 em 1999 para os 1,3 em 2020. No caso da amostra de indivíduos com 20 anos, o relato é também de crescimento em iguais circunstâncias: dos 0,7 casos para os dois casos por cada cem mil, em apenas 20 anos.

Números alarmantes que devem fazer disparar a busca pelas razões que estão a levar a que esta doença, que era comum entre pessoas mais novas, esteja a atingir as mais novas gerações.

Entre as causas, os investigadores apontam fatores como o estilo de vida sedentário, antibióticos e aditivos alimentares que podem influenciar o desenvolvimento de tumores no sistema gastrointestinal. “O cancro colorretal não pode mais ser considerado uma doença da população idosa”, alerta o investigador principal.

Para o especialista em medicina interna que liderou esta análise, Islam Mohamed, “É importante que o público conheça os sinais e sintomas deste tipo de cancro”. Recorde-se que entre os sintomas mais comuns, destaque para o aparecimento de sangue nas fezes, dor de estômago persistente e perda de peso se, razão aparente.