Muitas mulheres desconhecem, mas não fazer sexo durante longos períodos de tempo prejudica a saúde, podendo provocar atrofia vaginal. Esta doença caracteriza-se pela diminuição dos níveis de estrogénio, importantes para manter os tecidos da vagina lubrificados e saudáveis.
Os sintomas (pode ver quais são na galeria de imagens acima) não são fáceis de identificar, até porque se manifestam numa fase já adiantada da doença. No entanto, segundo a especialista, há cada vez mais mulheres em Portugal com atrofia vaginal.
“Noto imenso. Antigamente fazia-se muito a terapêutica de compensação hormonal, hoje em dia, não fazendo, assim que entram na menopausa deixam de ter vontade sexual e o resto vem por arrasto: não têm relações, não têm hormonas e ficam muito secas. A partir dos 50 anos é terrível, infelizmente. Tenho de educá-las a repor hormonas e dizer-lhe que não deixem de ter relações sexuais”, afirmou a ginecologista.
Tratamento a laser é seguro?
Há duas formas de se tratar a atrofia vaginal atualmente, o tratamento a laser Mona Lisa Touch e a hidratação vaginal. São bastante seguros e melhoram a qualidade de vida das mulheres que têm a doença, mas não são para todas as bolsas.
“O tratamento a laser, o Mona Lisa Touch, é caro mas é ótimo, faz o rejuvenescimento das células, dando maior elasticidade. São várias sessões. É muito bom para quem puder, custa 300 euros por sessão. Há também a hidratação vaginal, um tratamento que se faz uma vez por ano e em que injetamos com uma seringa na fúrcula da vagina para hidratar. Este é mais barato, dura entre seis a nove meses e custa cerca de 200 e tal euros“, sublinha Sílvia Roque.
Depois de se submeterem a estes tratamentos, as mulheres têm de aguardar cerca de 15 dias para retomar a prática sexual. E nenhum delas garante que não volte a ter a doença. “É necessário ir vendo de vez em quando como está a vagina”, acrescenta a ginecologista.
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