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Dogging: conheça as regras desta nova prática sexual

Sacavém é uma das zonas propícias à prática de 'dogging'
Parque das Nações é uma das zonas propícias à prática de 'dogging'
Parque florestal de Monsanto é um dos locais propícios à prática de 'dogging'
Cidade Universitária é uma das zonas propícias à prática de 'dogging'
Autódromo do Estoril é um dos locais propícios à prática de 'dogging'
A zona do Estádio Nacional é também propícia à prática de 'dogging'

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Desde tempos imemoriais que o tabu sexual, pela sua natureza proibida, é gerador de práticas ortodoxas e ilegais. Ou seja, para umas há uma espécie de consentimento social (ainda que não declarado) enquanto outras são vistas pela “opinião pública” como indecentes. Não serão todas castradas e ilícitas da mesma forma mas algumas delas, justamente as que menos reúnem consenso, tendem a criar raízes, consolidar-se e ganhar adeptos. Como é o caso do dogging.


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Nascida em Inglaterra na década de 70, o nome desta prática, ao contrário do que possa induzir a palavra, não tem especificamente a ver com o dog, o cão, mas com o facto de os mesmos poderem ter sexo na rua, o que, no fundo, é o ponto essencial do dogging. Se ultrapassarmos o estrangeirismo, o dogging é a prática pública de sexo consentido, dentro do carro, com uma ou mais pessoas a ver, normalmente enquanto se masturbam. Ao exibicionismo junta-se o voyeurismo. Combina-se o prazer de fazer com o prazer de observar, ruma-se a um parque ou lugar isolado ou de pouco movimento, e eis que o dogging se dá em todo o seu esplendor. Diz quem sabe que o prazer sexual se intensifica pelos pares de olhos que observam de perto através do vidro do carro, gerando mais excitação.

Não se pense, porém, que o caráter clandestino do dogging o desobriga de regras e preceitos. Pelo contrário, é justamente a ilicitude de quem o pratica, e a complexidade da sua natureza, que fazem com ele esteja impregnado de diretivas, para quem faz e para quem observa. Além disso, por ser diferente do voyeurismo comum, dado que quem está de fora do carro está, ainda assim, muito perto, importa ser o mais claro possível. Por isso, elencamos aqui o básico:

As regras são simples, assim toda a gente as respeite. Naturalmente, telemóveis são estritamente proibidos, filmagens muito menos, o segredo e o sigilo são fundamentais, também porque é neste lado proibido, clandestino, furtivo que assenta o desejo gerado nos doggers. Em Lisboa, os locais mais apetecidos para o dogging são a zona de Monsanto e a do lado Norte da Expo, junto ao rio Trancão. Mas há quem seja mais aventureiro e procure estacionamento públicos, à noite, onde o movimento é menor e, em alguns casos, nulo, mas mais perigoso que fora do centro das cidades.


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Seja onde for, a etiqueta do dogging é quase tudo nesta prática que tem cada vez mais adeptos, homens e mulheres em busca da surpresa e da adrenalina do sexo desbragado e perigoso, que joga com duas das características mais básicas da natureza humana: a emoção de ver e de ser visto. O ilícito de mostrar o sexo a estranhos, que correspondem na irregularidade ao observar e agir sobre a excitação dessa visão.

Enquanto a sexualidade humana pula e avança, o resto do mundo observa. Seremos todos um pouco doggers?