Dormir bem: Como escolher o melhor colchão?

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Uma rotina desenfreada e uma postura inadequada são os ingredientes principais para uma receita pouco feliz: as dores nas costas. Mas se esta é uma realidade durante o dia, não precisa de ser durante a noite. A escolha do colchão deve ser certeira e, por isso, deixamos-lhe preciosas dicas partilhadas pela revista francesa Madame Fígaro.

O colchão deve ser novo. Nada de usados.

“O barato sai caro” – É um ditado antigo, mas que, mais do que nunca, se aplica. A opção “em segunda mão” pode, até, ser apelativa no parâmetro económico. Os descontos soberbos servem para persuadir aqueles que querem fazer um negócio, mas a preços baixos. A razão pela qual se deve afastar destas escolhas é simples: um colchão usado já assumiu as formas do corpo de outra pessoa. “Estar numa posição desconfortável forçará várias estruturas do corpo, nomeadamente os ligamentos e aumentará as dores”, explicou Xavier Dufour, fisioterapeuta.

Fotografia: Conforama

Além disso, o colchão deve ser mudado regularmente. “Mesmo que seja de muito boa qualidade, os colchões começam a deformar entre os cinco a dez anos de uso”, apontou Julien Sylvain, cofundador da marca de roupa de cama Tediber. Há maneiras para detetar o fim de validade do colchão? Sim. Os três principais sintomas de alerta são a perda de firmeza do colchão, os desníveis e o acordar com dores no corpo.

Experimente, sempre!

Várias marcas oferecem um período de teste de um ou mais meses antes da compra final, e não é à toa. Por vezes, é criada a ideia de que ficar sentado no colchão de uma loja por breves instantes é o suficiente para decidir a sua compra, mas não é. No máximo consegue perceber se o colchão é confortável, mas nunca se é bom para as suas costas.

Sobre a fase de adaptação após a compra, Julien Sylvain assume a paciência como a melhor amiga: “No início pode achar o colchão muito firme, uma vez que estava acostumado ao conforto do antigo, mas depois de algumas noites vai acostumar-se e sentir a diferença de apoio no corpo”, explicou.

Esteja atento à morfologia do seu corpo.

O colchão deve ser macio? Firme? Com memória? Não existem respostas certas. A escolha deve ser feita de acordo com a morfologia de cada pessoa. O objetivo é evitar pontos de pressão. Xavier Dufour, fisioterapeuta, relembrou que, numa rotina diária, o ser humano passa demasiado tempo curvado e que, por isso, na hora de descanso, o ideal é dormir o mais na horizontal possível. “É absolutamente necessário corrigir a nossa postura, pelo menos na cama, e, portanto, não dormir num colchão que afunde muito ou, pelo contrário, que resista muito”, indicou.

Dê preferência a colchões maiores

Se tem espaço, o ideal é sempre dar preferência a colchões maiores. Segundo o especialista François Duforez, quem tem uma maior área para dormir, inconscientemente, entende que se pode mover sem correr riscos – o que melhora a qualidade do sono. “É essencial movimentar-se para ter uma boa circulação”, detalhou. Brice Faraut, um neurocientista francês, realizou um estudo, em 2015, que conseguiu provar que quanto maior for a área para um indivíduo se poder movimentar durante a noite, melhor é a qualidade do sono e menores são as dores no corpo, especialmente na lombar.