Embaixadora da Boa Vontade da ONU desde julho de 2014, Emma Watson tem sido uma das vozes mais ativas no combate à violência contra mulheres. Uma das suas principais preocupações, frisa numa entrevista ao jornal britânico ‘The Independent’, reside no facto de, em pleno século XXI, esse ainda seja um assunto tabu e pouco falado a nível mundial.
“Uma em cada quatro mulheres vai experienciar alguma forma de violência na sua vida. Não é suficientemente falado o quão penetrante isso é. Está a tornar-se norma as mulheres sentirem-se com medo de andar sozinhas, seja à noite ou a qualquer outra altura. Acho que é triste vivermos numa sociedade onde as mulheres não se sentem seguras”, lamenta a atriz, de 26 anos.
No ano passado, a propósito do Dia Internacional da Mulher (8 de março), Watson participou numa sessão de perguntas e respostas sobre as suas experiências enquanto mulher e o significado de feminismo. A conversa de uma hora foi transmitida em direto, por streaming, através do Facebook.
“Feminismo é igualdade: politica, cultural, social e economicamente. É simples. Os homens pensam que é uma palavra para mulheres, mas o que realmente significa é que se acreditas em igualdade, e se defendes a igualdade, então és feminista”, sublinhou, na altura, a porta-voz da campanha HeForShe das Nações Unidas.
“A minha mãe ensinou-me, especialmente nos meus anos de adolescência, que o que eu estava a pensar, a fazer e a dizer era infinitamente mais importante do que a minha aparência física. Mesmo quando o mundo me dizia o contrário”.
A ONU estima que 35% das mulheres em todo o mundo já sofreram de violência sexual ou física ao longo da sua vida. No entanto, alguns relatórios ao nível nacional chegam a apontar resultados na ordem dos 70%.
