Eis como a tecnologia pode causar rugas no pescoço

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[Fotografia: unsplash]

Quem diria que um dispositivo criado especificamente para facilitar as nossas vidas desencadearia uma série de consequências catastróficas? Provavelmente ninguém. Mas a realidade é que um smartphone tornou-se essencial nas nossas vidas. E, entre as várias consequências, falamos-lhe do síndrome do pescoço tecnológico.

Descoberta há mais de quatro anos, este síndrome refere-se diretamente ao aparecimento prematuro de sinais de envelhecimento no pescoço, causados ​​por olhar constantemente para baixo ao usar dispositivos tecnológicos.

Um estudo feito pelo Ikea de Espanha revelou que “uma em cada três pessoas olha para o seu telemóvel mais de 100 vezes por dia e os menores de 25 anos fazem-no numa média de 150”. Portanto, não é de admirar que o pescoço tecnológico seja um fenómeno crescente do qual ainda não conhecemos todas as consequências.

Porque é produzido?

“A pele do pescoço é facilmente esquecida. É fácil espalhar o hidratante facial no pescoço, mas tendemos a esquecê-lo, e essa é uma das áreas que acusa a passagem do tempo mais cedo“, diz María Martínez, cofundadora da empresa Laconicum, ao site S Moda.

Embora seja extremamente fácil aplicar o creme diário até ao decote as pessoas tendem – mais por hábito e poupança de produto que por ignorância – a ficar na metade.

Mas essa pele é igual ou mais delicada porque, por não estar tão exposta, as agressões externas também não a afetam para sempre, tornando-a resistente. Por isso, necessita de cuidados redobrados: “a pele do pescoço (assim como do decote) é mais fina e menos exposta a fatores externos do que a do rosto, pelo que costuma ser mais delicada. Ela sofre com a flacidez de forma mais pronunciada”, explicam ao S Moda Elena Ramos e Marta Barrero, farmacêuticas, especialistas em dermocosméticos e diretoras da empresa The Secret Lab.

Como se não bastasse, acrescenta-se um outro fator devido ao uso continuado de aparelhos eletrónicos: “piora se trabalharmos em frente a um computador, onde, ao movimento, acrescentamos a temida luz azul que tanto se fala por causar também envelhecimento da pele”, acrescenta María Martínez.

Como prevenir?

Felizmente, não existem apenas soluções paliativas, mas também grandes aliados para evitá-lo se nos anteciparmos aos acontecimentos. “O pescoço, tal como o rosto, requer grandes doses de hidratação, por isso óleos e soros são obrigatórios e devemos usar cremes hidratantes específicos para a zona, pois a sua composição e textura serão diferentes para se adaptarem às necessidades específicas”, explicam Elena Ramos e Marta Barrero, que detalham os passos básicos:

– Para prevenir a flacidez: use agentes firmadores e redensificantes.

– Contra a agressão dos raios ultravioleta e radicais livres: colocar protetor solar antes de sair de casa.

– Para manter a pele do pescoço limpa e saudável: a esfoliação é essencial, se possível, uma vez por semana.