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Estes 8 alimentos viciam mesmo! Afinal, não temos culpa

1. Queijo. O poder aditivo deve-se à caseína, proteína encontrada principalmente em produtos derivados do leite. Segundo investigadores da Universidade de Michigan, esta substância pode inflamar os recetores opióides do cérebro, produzindo uma sensação de euforia semelhante a drogas como a cocaína.
2. Batatas fritas. Pelo seu teor em gordura, sal e hidratos de carbono são reconfortantes, além de crocantes – textura agradável à maioria das pessoas.
3. Gelados. Contêm uma concentração de açúcar muito maior do que a existente em alimentos não processados. Como a sua absorção é rápida, o corpo precisa libertar insulina no sangue para o processar. Dá-se um pico hormonal, após o qual se regista uma queda brusca dos níveis de açúcar, surgindo novamente a vontade de o ingerir e repetir o processo. É também um fonte de triptofano, aminoácido que relaxa o corpo.
4. Bolachas e bolos. Em geral contêm grandes quantidades de açúcar, gordura e algum sal. As bolachas cobertas com chocolate são outros dos alimentos tidos como viciantes e, aqui, não há outro culpado se não o açúcar, que fornece energia rápida ao cérebro. A vontade de comer aumenta quando combinam o sabor salgado com o doce.
5. Pipocas. São ricas em sal, açúcar e gordura, o trio do vício que, quando combinado, faz com que queiramos sempre mais.
6. Hambúrgueres. Ricos em gordura, sal e hidratos refinados, o facto de serem consumidos por vezes como finger food, torna-os absolutamente irresistíveis.
7. Pizza. Contém doses altamente concentradas de gordura e sal – substâncias potencialmente aditivas, que são rapidamente absorvidas pelo corpo. O queijo também não ajuda.
8. Chocolate. Tem na sua composição feniletilamina, um neuromodulador de sinapses do cérebro similar às anfetaminas e que aciona a libertação de dopamina, o que promove uma sensação de bem-estar e prazer.

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Não resiste ao chocolate, queijo ou batatas fritas? A ciência explica: estimulam tão agradavelmente o cérebro que este quer mais, mais e muito mais.

Quando se fala de dependências pensamos em drogas ou álcool, mas alguns alimentos também são alvo de desejos incontroláveis, pois “provocam a libertação de dopamina, um neurotransmissor que promove a sensação de prazer, e que nos leva a procurar constantemente esta sensação de recompensa”, explica a nutricionista Ana Rita Lopes. O processo é, de facto, semelhante ao causado pelo tabaco e drogas ilícitas, o que muitos destes alimentos até deveriam ser: altamente processados, ricos em gordura, açúcar, sal e com um elevado índice glicémico, são na sua maioria prejudiciais à saúde.

Ser ou não dependente relaciona-se, sobretudo, com as quantidades e regularidade com que se ingerem estes amigos da compulsão. Se sair de quando para partilhar uma pizza ou sorvete com amigos é até saudável (pelo menos do ponto de vista emocional); quando estas iguarias servem de almoço todos os dias instala-se facilmente uma rotina difícil de quebrar.

Além da relação de prazer entre o cérebro e o prato, alguns investigadores do American College of Sport Medicine e do Institute of Functional Medicine defendem, ainda, que a falta de controlo sobre os alimentos remonta a tempos ancestrais, quando o ser humano nunca sabia quando seria a próxima refeição. A grande preocupação do organismo era, na altura, providenciar reservas extra de energia para épocas em que a natureza fosse menos generosa. Por esse motivo, alegam, além de termos tendência para comer mais do que o necessário, os alimentos mais viciantes são também os mais calóricos.

Pode conferir aqui na nossa galeria aqueles que na escala americana YFAS – Yale Food Addiction Scale, apresentam maior grau aditivo.

Estratégias de prevenção
Segundo Ana Rita Lopes, “a perceção do alimento como vício ainda é muito recente e complexa, mas será muito importante para perceber melhor o problema da obesidade”. Enquanto a medicina não oferece respostas ou eventuais tratamentos, a nutricionista deixa-nos algumas estratégias para evitar hábitos difíceis de abandonar: