Paragem cardio-respiratória: Mulheres são menos socorridas do que os homens

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Se for mulher e tiver uma paragem cardio-respiratória em público, saiba que tem menos probabilidades de ser socorrida do que se fosse um homem, indica um novo estudo norte-americano. O motivo? Os seios.

Pode ser meio assustador pensar em empurrar, com força e em movimentos rápidos, o centro do peito de uma mulher”, disse Audrey Blewer, investigadora da Universidade da Pensilvânia e responsável pelo estudo que analisou quase 20 mil casos, em casa e em público, sobre a existência ou não de reanimação cardio-respiratória (RCR).

De acordo com a análise realizada nos Estados Unidos da América, apenas 39 por centro das mulheres recebeu RCR em público, enquanto 45 por cento dos homens foi socorrido. O estudo indica ainda que 23 por cento dos homens salvos tinha mais probabilidade de sobreviver do que as mulheres.

Perante estes dados, Benjamim Abella, outro membro do estudo, afirma que: “O nosso trabalho destaca que ainda há muito a fazer no que diz respeito a quem está a aprender RCR, a quem oferece RCR, incluindo a melhor forma de treinar pessoas para responder a emergências médicas”.

“Nós colocamos as mãos no esterno, que é no meio do baú. Em teoria, temos as mãos entre os seios”, referiu ainda Abella, alertado que mesmo assim: “Este não é o momento para se ser escandaloso, pois estamos a falar de uma situação de vida ou de morte”.

Quanto aos dados dos casos ocorridos em casa, o estudo mostra uma diferença de apenas um por centro – 35 por cento das mulheres e 36 por centro dos homens foram socorridos perante uma paragem cardio-respiratória quando dentro da habitação.

O assunto foi apresentado e discutido este domingo, 12 de novembro, Anaheim, na Califórnia, numa conferência organizada pela American Heart Association, uma das responsáveis pelo financiamento do estudo que contou ainda com a ajuda, a nível monetário, dos National Institutes of Health.

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