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Eurostat: mais uma má notícia para a igualdade salarial

Percorra a galeria e fique a conhecer os 12 factos, números e conclusões que decorrem do relatório anual do Fórum Económico Mundial sobre a paridade entre géneros. Dados que tem de saber na ponta da língua para debater o retrocesso em matéria de igualdade entre homens e mulheres. [Fotografia: Shutterstock]
Portugal continua a piorar os seus dados. Em 2017, ocupa a 33ª posição no que diz respeito à paridade global. Em 2016, o relatório indicou que o nosso território estava em 31.º lugar. Isto na lista de 144 países. [Fotografia: Shutterstock]
Em 2017, há melhorias no que diz respeito à participação económica, subindo da 46ª posição para a atual 35ª.Na saúde e sobrevivência, a mudança foi assinalável, tendo subido deixado a 76ª posição, em 2016, para ocupar a 55ª este ano. Mas piorou nos restantes indicadores. Ao nível da educação, baixou da 63ª para a 70ª posição (em 2017), caiu de 36ª para 43ª ao nível do empoderamento político.[Fotografia: Shutterstock]
Em 2017 e a nível global, o progresso médio para pôr tremo à diferença de género global é de 68%, o que significa que há um caminho de 32% por fazer. No ano passado, estimava-se 31,7%, pelo que piorou.[Fotografia: Shutterstock]
A disparidade entre homens e mulheres continua a ser mais acentuada na participação económica e na capacitação política, sendo, nos 144 países analisados, de 58% na primeira e 23% na segunda. Na saúde, os níveis de 96% situam-se ao nível do ano passado e 95% na educação.[Fotografia: Shutterstock]
82 países aumentaram a diferença geral entre géneros, enquanto 60 diminuíram.[Fotografia: Shutterstock]
A lista dos dez países onde a paridade parece estar mais resolvida não se alterou profundamente, com os três países nórdicos a tomar as posições cimeiras (Islândia, Noruega e Finlândia). Este ano o Ruanda ultrapassou a Suécia, que agora se encontra em quinto lugar. [Fotografia: Shutterstock]
A economia e a saúde permanecem as áreas que mais desafios apresentam. Se no ano passado, a igualdade de género no trabalho só seria atingida dentro de 170 anos, o relatório de 2017 volta a apontar um retrocesso, agora para os 217 anos. Já o fosso da educação encolheu 13 anos. [Fotografia: Greg Brave/Shutterstock]
Olhando para as tendências, o horizonte para o fim da desigualdade está exatamente em 100 anos, cálculos feitos para os 106 países abrangidos desde o momento em que tem sido feito este relatório. Este dado compara com os 83 anos do ano passado. [Fotografia: Shutterstock]
A dimensão política mantém a maior diferença de género global e é, também, a que exibe o maior progresso, apesar de uma desaceleração este ano. O fosso poderá ser fechado dentro de 99 anos. [Fotografia: Shutterstock]
Embora todas as regiões do mundo tenham estreitado os fossos da disparidade desde há 11 anos, há muito por fazer. Na taxa anual de progresso, a diferença global de género estará saldada em 61 anos na Europa Ocidental, 62 anos na Ásia, 79 anos na América Latina e Caribe, 102 anos na África Subsaariana, 128 anos na Europa Oriental e Ásia Central, 157 anos no Oriente Médio e Norte da África, 161 anos no Leste Asiático e Pacífico e 168 anos na América do Norte.[Fotografia: Shutterstock]
Quanto maior a paridade de género, maiores os lucros. Estes são os resultados que estão a ser apontados por vários modelos e estudos.[Fotografia: Shutterstock]
Há vários caminhos a seguir para pôr tremo a estas desigualdades e que exigem mexidas e ajustamentos em áreas como o setor educativo, as empresas e agentes políticos. Numa investigação feita a par com o LinkedIn, rede social de contactos profissionais, os homens estão distintamente sub-representados em Educação e Saúde e Bem-estar, enquanto as mulheres estão fortemente sub-representadas em Engenharia, Manufatura e Construção e Informação, Comunicação e Tecnologia. [Fotografia: Shutterstock]

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Os homens ganham, em Portugal, mais 17,8% do que as mulheres, acima da disparidade salarial média na União Europeia (UE 16,3%), segundo dados de 2015, divulgados esta segunda-feira, 20 de novembro, pelo Eurostat.

A 2 de novembro, aquando do Dia da Igualdade, a Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE) lançava um estudo que dizia que a diferença salarial estava no mesmo ponto: elas ganhavam cerca de 83,3% da remuneração média mensal de base dos homens. Contas feitas, as mulheres auferiam, em média, €825,00, menos €165 que os homens.


Portuguesas ganham, em média, menos 165 euros por mês do que os homens, aponta relatório da CITE


A disparidade salarial é definida como a diferença entre os vencimentos anuais entre homens e mulheres. Porém, quando se tem em conta as três desvantagens que o sexo feminino tem que enfrentar – menor salário por hora, menos horas de trabalho em empregos pagos e taxas de emprego mais baixas – a disparidade de género chegava, em 2014, aos 26,1% em Portugal (UE 39,6%).

Também o Fórum Económico Mundial trouxe algumas más notícias para Portugal em matéria de disparidade económica global entre homens e mulheres. São necessários 217 anos para que a disparidade salarial tenha fim, quando, no ano passado, eram 170.

Recorde-se que esta previsão feita em 2016 já representa um retrocesso em relação aos 118 previstos em 2015. Fique a par destes dados aqui e percorra a galeria e fique a conhecer as 12 principais conclusões deste relatório de 2017.

UE define plano de ação para a Igualdade até 2019

No âmbito da promoção da igualdade de género, a Comissão Europeia anunciou um plano de ação para acabar com as disparidades salariais entre homens e mulheres, que deverá estar aplicado até ao final do mandato do colégio, em 2019.

O plano de ação prevê o respeito pelo princípio da igualdade salarial, avaliando a possibilidade de alterar a diretiva (lei europeia) sobre a igualdade de género.


Releia também o caso da RTP: uma empresa pública onde elas ganham menos 120 euros do que eles


Bruxelas quer ainda reduzir o efeito penalizante dos cuidados familiares, apelando ao Parlamento Europeu e aos Estados-membros que adotem rapidamente a proposta de diretiva relativa à conciliação entre a vida profissional e a vida familiar, de abril de 2017.

“As mulheres continuam a estar sub-representadas nos cargos de chefia, tanto na política como nas empresas“, disse a comissária Justiça, Consumidores e Igualdade de Género, Vera Jourová.

A comissária acrescentou que “as disparidades salariais entre homens e mulheres devem acabar porque a independência económica das mulheres é a sua melhor proteção contra a violência“.

CB com Lusa

Fonte: Shutterstock