Idade média para o diagnóstico de disforia de género caiu de 31 para 26 anos, avança estudo

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[Fotografia: Pexels/Alexander Grey]

De acordo com um novo estudo, a idade média do diagnóstico de disforia de género passou de 31 para 26 anos nos últimos tempos. E a idade é menor para aqueles cujo sexo biológico no nascimento é o feminino.

A disforia de género, ou transtorno de identidade de género, é descrita como uma sensação de mal-estar de uma pessoa devido à incompatibilidade entre o seu sexo biológico e a sua identidade de género.

Um artigo publicado na revista “General Psychiatry” observou que “dúvidas foram levantadas sobre o número crescente de jovens que procuram atendimento profissional para DG (disforia de género), especialmente adolescentes mulheres designadas no nascimento”.

Pesquisadores da Virginia Tech Carilion School of Medicine, nos Estados Unidos, descobriram que 66.078 de 42.720.215 pessoas foram identificadas com disforia de género, levando-os a atingir uma estimativa de 155 por cem mil pessoas no período de cinco anos. Isto levou com que “a prevalência estimada de diagnóstico de DG aumentou significativamente”.

A idade média para o diagnóstico de disforia de género foi de 27 anos para pessoas cujo sexo biológico ao nascer era feminino e 30 para aquelas cujo sexo biológico ao nascer era masculino.

A prevalência estimada de disforia de género entre aqueles com sexo feminino no nascimento aumentou acentuadamente aos 11 anos de idade, atingiu o pico entre as idades de 17 e 19 e depois caiu abaixo do sexo masculino no nascimento aos 22 anos, dizem os investigadores.

Para aqueles cujo sexo biológico é masculino no nascimento, a prevalência estimada de disforia de género começou a aumentar aos 13 anos, atingiu o pico aos 23 anos e depois diminuiu gradualmente.

Os pesquisadores afirmam que “o fenómeno pode estar relacionado com o aumento da acessibilidade aos cuidados de género, bem como a um contexto social favorável às minorias de género”.