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Lena D’Água fala sobre vício da droga, violência e falta de dinheiro

Percorra a galeria de imagens para recordar a carreira de Lena D'Água. Fotografia de Gerardo Santos / Global Imagens
Lena D'Água em janeiro de 1988
Lena D'Água em abril de 2017
A cantora na Final do Festival RTP da Canção em março de 2017, no Coliseu dos Recreios, em Lisboa. Fotografia de Nuno Pinto Fernandes / Global Imagens
Lena D'Água no Jardim Buddha Eden, em janeiro de 2017. Fotografia de Gustavo Bom / Global Imagens
No espaço PARK, em Lisboa, durante a apresentação do Super Bock Super Rock em maio de 2014. Fotografia de Nuno Pinto Fernandes/Global Imagens
Gala do programa da TVI 'Uma Canção Para Ti', em dezembro de 2008. Fotografia de Mário Ribeiro
Lena D'Água no Parque de Monsanto, em agosto de 2007. Fotografia de Rodrigo Cabrita
Com Carlos Manuel, Rosy, José Augusto, Pedro Gomes, Alexandra Fernandes e João Malheiro numa festa no BBC, em novembro de 2003. Fotografia de Gustavo Bom
No Big Brother Famosos 2 com Teresa Guilherme, em novembro de 2002. Fotografia de Pedro Garcia
Em setembro de 1988
Durante uma atuação em setembro de 1988

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Lena D’Água subiu pela primeira vez a um palco aos 18 anos, com a banda de rock Beatnicks. Na década de 1980, já a solo, transformou-se num símbolo sexual. Nos anos seguintes viria a enfrentar problemas com drogas, violência e falta de dinheiro. Falou de tudo isso na terça-feira, numa entrevista com a apresentadora Júlia Pinheiro para o seu programa Júlia, na SIC.

“Não queria estar presa a pessoas parvas ou brutas. Tive mais do que uma relação em que houve violência, mas só havia uma vez e ponto final. Nunca falei disto porque não foi uma coisa que me tenha atormentado. Mal acontecia eu punha ponto final”, explicou Lena D’Água.

A dependência de heroína veio mais tarde, já depois dos 30 anos. A cantora achou que já tinha experiência de vida suficiente para consumir sem ficar viciada. Hoje admite que foi o maior erro da sua vida.

“Isso foi uma experiência muito estúpida que resolvi fazer com um namorado. Achava que já podia experimentar à vontade porque tinha 33 anos e aquilo não me ia apanhar. Enganei-me, foi uma estupidez“, revelou a cantora de 62 anos.

Outro dos temas que a cantora de ‘Sempre que o amor me quiser’ quis introduzir na conversa foi a desigualdade de género na indústria musical (percorra a galeria de imagens no topo do texto para recordar a vida e carreira de Lena D’Água).

“Nunca vendi muitos discos. Enquanto o Rui Veloso fazia três platinas eu fazia um disco de prata. Já reparaste quantas mulheres da minha idade é que estão aí no ativo sem terem desistido ou sem estarem na sombra? Os homens continuam todos aí”, afirmou Lena D’Água.

Em 2007, já com dificuldades económicas, Lena D’Água vendeu a casa que tinha em Lisboa e foi viver para o campo. Dez anos depois, em novembro de 2017, recorreu às redes sociais para revelar os problemas financeiros.

“Não sou a única. Aquilo não foi bem um apelo, foi um grande desabafo. Quem é que vai vender o colchão? Como é que dormia depois? No chão? Aquilo foi uma forma de dizer que estou cansada“, acrescentou a cantora.

Agora, o ícone dos anos 1980 prepara-se para regressar à música. A 12 de abril vai lançar um novo álbum e espera conseguir recuperar a estabilidade financeira.

As mil e uma voltas da vida de Lena d’Água