Estes são os milhões de pessoas no mundo que têm internet, mas não redes sociais

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[Fotografia: Pexels/Torsten Dettlaff]

O número de utilizadores ativos em redes sociais atingiu 4,88 mil milhões, o que representa 60,6% da população mundial, de acordo com um relatório trimestral sobre a internet.

Esta estimativa marca um aumento de 3,7% em relação ao segundo trimestre de 2022, explica o estudo realizado pela organização especializada em usos digitais Kepios e publicado pela agência We Are Social e a firma Meltwater.

A subida no online foi maior do que o crescimento da população mundial, que foi de menos de 1% durante igual período. A quantidade de pessoas nas redes sociais está a aproximar-se do número de usuários da internet, que representam 64,5% da população mundial (5,19 mil milhões), embora o crescimento tenha desacelerado significativamente desde a pandemia de coronavírus.

Ora, contas feitas e segundo as mesmas estimativas, são 310 os milhões de pessoas que, tendo acesso a net, ainda não aderiram às plataformas de social media. Ou seja, um volume de indivíduos que, para ilustrar o exemplo, corresponde a quase toda a população dos EUA a não ter redes.

Mais da metade dos utilizadores dessas plataformas são homens (53,6%), ainda que haja uma margem de imprecisão devido à existência de contas automatizadas ou pessoas que se registam com identidades diferentes.

As disparidades regionais são consideráveis. Apenas uma em cada 11 pessoas usa redes sociais na África Central e Oriental. Na Índia, o país mais populoso do mundo, menos de um terço dos habitantes está registrado em alguma das redes.

O tempo médio de ligação nas redes sociais aumentou de dois minutos por dia para uma média de 2 horas e 26 minutos, embora com grandes diferenças, que vão de 3h49 no Brasil a 1h46 na França e menos de uma hora no Japão. Os utilizadores estão presentes, em média, em mais de sete plataformas.

Entre as mais citadas estão três do grupo Meta (WhatsApp, Instagram e Facebook), seguidas por três aplicativos chineses (WeChat, TikTok e sua versão local Douyin) e por Twitter, Messenger e Telegram.

Com AFP