Massagens, higiene e mais sete aliados da imunidade contra as doenças do frio

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[Fotografia: Pexels: Arina Krasnikova]

A melhor prevenção da saúde começa à mesa e nos pequenos hábitos do dia-a-dia. Por isso, numa altura em que o frio começa a chegar e, com ele, os primeiros resfriados e constipações, não espere ficar doente para agir em conformidade.

Comece já o caminho para a prevenção. Não garantimos que fique 100% imune, mas seguramente estará mais protegida do que se não começar a por em marcha estas recomendações para o corpo.

Cuidados que, como sabemos, começam à mesa, mas que seguem pelo corpo todo. Sim, e esta é a melhor parte, as massagens também ajudam! Ora veja.

Citrinos: Todos são bons. Laran­jas, tângeras, tangerinas, clementinas ou limões. Toranjas também, mas com cuidado por quem toma medicamentos reativos a este citrino. Onde reside o poder destas frutas? Até as crianças sabem: na sua abundância em vitamina C. Esta, além de essencial à produção de glóbulos defen­sivos, como os linfócitos T capazes de fazerem frente a constipações, gripes e infe­ções, é também um potente antioxidante. Mas há outros, como os flavonoides, pre­sentes nas peles brancas, ou os carotenoides, contidos nas polpas coloridas.

Cogumelos: Embora os orientais shii­take, reishi e maitake sejam considerados o trio dinâ­mico da imunidade, tam­bém os vulgares cogume­los brancos ou castanhos, presentes em qualquer su­permercado, são aliados va­liosos do escudo protetor. Todos eles estimulam a pro­dução de células defensivas, sendo ricos em minerais e vitaminas antioxidan­tes, bem como em podero­sas substâncias antirradi­cais livres. Para aproveitar os seus benefícios, esqueça a versão em lata e opte pe­los frescos. Ou pelos secos de qualidade, no caso dos orientais.

Alho e cebola: Obrigatórios nos pratos da estação fria, como sopas, estufados, salte­ados ou assados, são abundantes em compostos sul­furados, que lhes dão propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias e anticanceríge­nas. Hoje sabe-se que o alho é rico num óleo volátil chamado alicina, que atua como um antibiótico natural, estimu­lando o combate a bactérias, fungos e vírus, e tornando este vegetal útil no alívio de constipa­ções e gripes. Tal como a sua prima cebola, mais co­nhecida pela pro­teção dada às vias respiratórias.

Fermentados: Reforçam a saúde do intestino, onde resi­de uma parte substancial da nossa imuni­dade. O mais conhecido é o iogurte natu­ral, que para ser verdadeiramente eficaz deve ser simples e não açucarado. Me­nos conhecido é o kefir, uma bebida lác­tea oriunda da região do Cáucaso, porém comercializada entre nós. Outras opções amigas do escudo defensivo, livres de lac­tose, são o miso, pasta japonesa à base de soja ou cereais usada, por exemplo, na so­pa com o mesmo nome, ou o chucrute, uma especialidade alemã em que a couve branca é fermentada em água e sal.

Especiarias: Gengibre, açafrão-da-índia, cravinho ou canela são al­gumas das aliadas do sistema defensivo, garantem in­vestigações, que lhes comprovaram virtudes proteto­ras há muito exploradas pelas medicinas tradicionais asi­áticas. Por exemplo, do açafrão-da-índia, extraído de um rizoma idêntico ao gengibre, seu parente próximo, sabe-se hoje que é um antioxidante natural, com virtudes anti–infeciosas, anti-inflamatórias e anticancerígenas. Lembre-se: todas estas especiarias ativam a circulação sanguínea, aquecendo o corpo e combatendo mãos e pés frios.

Higiene: É essencial lavar bem as mãos, sobretudo após a visita a locais públicos ou o uso de transportes pú­blicos. Assim como cobrir o nariz e a boca quando há tosse ou espirros, deitar pa­ra o lixo os lenços de papel usados, não deixando que se acumulem nos bolsos, e desinfetar regularmente o telemóvel. Nesta época de contágios, resista a par­tilhar bebidas, comida ou cosméticos como batons.

Óleos Essenciais: Vários estudos confirmam a sua eficácia contra agen­tes patogénicos. Para esti­mular a imunidade, usem–se separados ou em siner­gia os óleos essenciais de al­fazema, eucalipto e árvore do chá. Versáteis a aromáti­cos, todos são purificadores e antibacterianos. Atenção: altamente concentrados, poucas gotas são suficien­tes. A diluição é obrigatória para uma utilização mais segura.

Chá verde e tisanas: São muitos os estudos a dizer que o primeiro é rico em antioxidantes, possuindo propriedades antivíricas e es­timulantes das defesas. O segredo está num tipo de cate­quinas capaz de inibir o vírus da gripe de se replicar. No entanto, os hipertensos que não abusem, pois o chá ver­de possui teína. Alternativa? Infusões de camomila, hor­telã-pimenta, tomilho, sabugueiro ou rooibos – todas es­tas plantas foram estudadas e mostraram ser benéficas no tratamento dos males do frio.

Massagens: Não se limitam a relaxar. Pesqui­sas mostram que estimulam a multiplicação de células defensi­vas, o que significa que ajudam a reforçar o escudo protetor. Num destes estudos, vindo do con­ceituado Cedars-Sinai Medical Center de Los Angeles, além do aumento do número de glóbu­los brancos, o cortisol, também conhecido por baixar os níveis de imunidade do organismo, desceu significativamente após uma só massagem. Não são boas notícias nestes tempos de vírus e bactérias resistentes?