Candidata da Guiné-Bissau a Miss Mundo retida por falta de trajes tradicionais

Mirla Ferreira Dabó
Candidata da Guiné-Bissau a Miss Mundo Mirla Ferreira Dabó [Fotografia: Instagram]

A candidata da Guiné-Bissau ao concurso Miss Mundo, a realizar na Índia, arrisca falhar a sua participação e o país pode ser afastado da competição, por falta de trajes típicos, disse hoje à Lusa o promotor cultural Carel Batista.

Mirla Ferreira Dabó, atual Miss Guiné-Bissau, deveria ter embarcado em Lisboa, no domingo, 18 de fevereiro, mas ainda se encontra na capital portuguesa a aguardar por uma resposta das autoridades de Bissau, já que foi informada pela organização do Miss Mundo que deve levar vários trajes típicos do país.

De acordo com Carel Batista, Mirla “está quase a entrar em desespero”, uma vez que, até ao momento, apenas tem garantido bilhete de passagem ida e volta de Lisboa até Nova Deli, mas terá de levar “pelo menos cinco malas”.

“O concurso deve decorrer entre 19 de fevereiro a 10 de março e todas as candidatas têm de exibir, durante esses dias, os trajes típicos dos respetivos países, pelo que Mirla terá de levar os nossos trajes“, observou Carel Batista.

A Guiné-Bissau fez a sua inscrição no certame anual, através de uma entidade privada que cuida do concurso das misses no país, tendo pagado o equivalente a cinco mil dólares americanos (4.643 euros).

A candidata ao concurso, que decorrerá na cidade Dumbuya, já recebeu a sua acreditação, notou o promotor cultural. Em caso de faltar ao evento, o país será afastado dos próximos concursos do género por um período não inferior a cinco anos, notou Batista, citando os regulamentos da prova.

O promotor disse que tentou, “por várias vezes”, contactar o Ministério da Cultura guineense, mas a resposta foi sempre de que não há verbas para apoiar a participação da candidata ao concurso Miss Universo.

O promotor cultural guineense observou que, à última da hora, um responsável do país que não quis identificar, “prometeu resolver o problema da Mirla” ainda hoje, “a título pessoal”. A Lusa questionou o Ministério da Cultura mas, até ao momento, não obteve resposta.