
Tem sido uma das tendências mais recorrentes nas passadeiras vermelhas internacionais dos últimos tempos que se afigura como mais desafiante, afinal a translucidez é exigente e, acima de tudo, deve sempre pisar com minúcia o caminho.
Apelativa, provocadora e livre, este tipo de proposta encontrou, na ModaLisboa, neste fim de semana, novos entendimentos, desenhados, pensados explorados por cinco criadores distintos.
Dino Alves desconstruiu-a e deu luz ao que costuma ficar na penumbra: os moldes, colocando-lhes cirurgicamente uma cruz sobre o que as redes sociais parecem censurar. Gonçalo Peixoto dispôs sobre a sua transparência os brilhantes e lantejoulas azuis sobre toda a sua extensão, tudo numa coleção que apostou em vestidos de várias dimensões e brilhos.

(Rita Chantre / Global Imagens)

(Rita Chantre / Global Imagens)
Buzina apostou num combinado de tecidos bem inesperado e num corte igualmente surpreendente. Já Arndes quis, com Freestyle, “explorar a liberdade criativa existente no mundo da Moda sem pensar nas suas limitações”. A autora trouxe, como se lê na descrição da coleção, “um momento de autoexpressão e num compromisso de exploração e experimentação”.
Por fim, DuarteHajime pôs a translucidez à mercê do pixel e deu-lhe cor, videojogos e até um colar em forma de playstation. “Num mundo em constante evolução, em que a Inteligência Artificial é agora parte das nossas vidas, a marca inspira-se nos jogos 8-bit e na estética dos pixéis, onde os humanos ainda tinham controlo total sobre a tecnologia. O resultado são silhuetas sem género, oversized, em algodão orgânico, ganga, polyster reciclado, lã, Bemberg™, redes de desporto e tecidos técnicos ReLiveTex®, em tons como azul, verde, menta, preto, branco e lava”, refere a autora em comunicado.
