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Nove filmes a não perder no Festival Porto Femme

Competição Internacional – Curta- Metragem Ficção:
'AQUA MAMAS':, de Zara Zerny: Uma curta híbrida sobre maternidade baseada em experiências reais, com uma atriz e um grupo de mães verdadeiras a interpretarem os papéis de si mesmas através dum enredo fictício. Pernille está grávida e cheia de felizes expetativas pela sua vida como mãe- Mas quando o seu filho chega o seu mundo é virado do avesso. O idílico sonho da maternidade é quebrado e trocado pela realidade de um bebé que chora. Ela procura apoio num grupo de mães muito mais experientes, que tentam ajudar Pernille da melhor forma de podem. Mas como pode alguém tornar-se numa grande mãe?
BODAS, Alexia Maltner: Esta é a história de Dora e Caio, um casal de idosos que celebram o seu quinquagésimo aniversário de casamento. Para o mundo exterior, Dora e Caio parecem ser o perfeito casal feliz. Dora e Caio questionam se vale a pena permanecer num casamento que se baseia apenas na felicidade de memórias passadas ou correr o risco de começar uma nova vida independentes um do outro.
CELEBRATE EILEEN!, de Judith Westermann: Presa no corpo errado, Eileen quer finalmente começar a viver a sua vida como rapariga amanhã. Mas hoje, a sua melhor amiga Ella organiza uma festa de despedida para o anterior Eu de Eileen, Leon. A festa torna-se um desastre quando ninguém comparece. As duas amigas decidem confrontar os convidados que não apareceram e mergulham numa odisseia absurda pela cidade que altera tudo.
UNDER MOM'S SKIRT, de Sarah Heitz de Chabaneix: Certas coisas deviam ficar em privado, não é? Numa pequena vila da Flórida, uma jovem francesa vai com a sua mãe a uma consulta médica de rotina para servir de intérprete. No entanto, ela é surpreendida ao saber que, na verdade, vai participar num exame ginecológico. Mas as maiores revelações ainda estão para chegar...
CUBEMAN, de Linda Dombrovszky: Um homem idoso é incapaz de aceitar que está na altura de se aposentar e a sua vida toma um rumo dramático, quando percebe que não pode terminar o trabalho da sua vida.
Competição Internacional Documentário:
FEMINISTA, de Myriam Fougere: Feminista leva-nos por uma viagem ao coração do feminismo global. Onde mulheres lutam pelos seus direitos e liberdade, onde partilham estratégias. Onde encontram coragem para reinventar formas de resistência, novas formas de pressionar a mudança. Uma viagem à descoberta da vitalidade do movimento feminista e como se manifesta hoje em vários países europeus, da Turquia a Portugal, através dos Balcãs, Itália, País Basco e muitos outros.
RUPA’S BOUTIQUE, de Glória Halász: Em 'A Boutique de Rupa' há sonhos pendurados no cabides. Sonhos que significam esperança para as vítimas de ataques com ácido até nos piores dos momentos. Todas as raparigas, Rupa, Soniya, Gita, Neetu, Dolly e Laxmi estão novamente de pé depois das próprias tragédias. Todas encontraram forma de regressar à sociedade, de se tornarem independentes e visíveis. Rupa, vivendo na cidade de Agra na Índia, quer ser estilista e gostaria de abrir a sua própria boutique, para se tornar financeiramente independente e empregar as suas companheiras vítimas de ataques com ácido. No filme vamos conhecer a sua história e sonhos, assim como os das outras vítimas, enquanto se preparam para um desfile de moda, onde as roupas desenhadas por Rupa são desfiladas pelas sobreviventes.
ARENAS DE SILENCIO: OLAS DE VALOR , de Chelo Alvarez-Stehle: Uma jornada de 15 anos para expor o submundo da exploração e do tráfico sexual desde a Ásia às Américas leva a repórter internacional Chelo Alvarez-Stehe de volta às ventosas praias onde a sua infância terminou e os segredos de família começaram. À medida que Chelo documenta a transformação das sobreviventes de tráfico sexual, ela conhece Virginia Isaias, uma mulher mexicana cuja vida é envolvida num ciclo de exploração sexual. Para escapar com a filha de 6 meses de uma rede de tráfico sexual no México, atravessa a fronteira dos EUA em busca de liberdade. Virginia começa a reconstruir a sua vida, torna-se cidadã americana e uma defensora de outras sobreviventes de exploração sexual da comunidade latina no Sul da Califórnia. Inspirada pela sua coragem, Chelo é levada a explorar o silêncio à volta do abuso na sua família e na sua própria vida.
Competição Nacional Documentário:
QUEM É BÁRBARA VIRGÍNIA?, de Luísa Sequeira: “Quem é Bárbara Virgínia?” é um road movie documental, um resgate de memórias, uma procura em busca da cineasta Bárbara Virgínia. Um trabalho de arqueologia emocional que traz à tona a vida e a obra da primeira cineasta portuguesa a fazer uma longa-metragem, a única a realizar um filme na época da ditadura e uma das primeiras mulheres a estar em competição na primeira edição do festival de cinema de Cannes. Filmado entre Brasil e Portugal, o documentário acompanha a realizadora Luísa Sequeira em busca da Bárbara Virgínia.

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Começa esta quarta-feira, 30 de maio, no Porto, o primeiro festival internacional de cinema inteiramente dedicado à produção no feminino.

Exibir e divulgar o trabalho das mulheres na sétima arte, promovendo a igualdade e o seu empoderamento no universo cinematográfico, é o objetivo desta primeira edição do ‘Porto Femme – Festival Internacional de Cinema’, que decorre até 3 de junho.

O auditório da Biblioteca Almeida Garrett, o Cinema Trindade, o Maus Hábitos e a Casa das Associações são os locais por onde vai passar o Porto Femme, com a festa de encerramento a ter lugar no Barracuda.

Com duas competições internacionais distintas – uma para trabalhos realizados por mulheres nos vários géneros cinematográficos e outra para obras em que, pelo menos, uma mulher desempenha um papel fundamental (argumentista, produtora, animadora ou atriz principal). A programação do festival contempla também uma competição nacional, “que pretende ser uma montra de exibição da produção portuguesa feita no feminino”. O programa integra ainda mostras não competitivas sobre a temática “As Mulheres no Mundo e do Mundo”, com um programa especial do “Tricky Women – Festival de cinema animação” e outro da CPLP, com participação de mulheres oriundas de países de Língua Portuguesa.

Segundo a organização do festival, nesta primeira edição do festival foram recebidos 363 filmes, oriundos de cerca de 42 países, dos quais foram selecionados 68 para a secção competitiva, 42 para a competição internacional e 17 para a competição nacional.

Dos filmes em cartaz, a organização destacou nove para as leitoras do Delas.pt. Veja quais na galeria, em cima.

Além da exibição de filmes, o programa do festival passará também pela realização de workshops, debates e exposições.

Quem foi Bárbara Virgínia, a mulher que dá nome a um prémio?

Nasty Women: O movimento de arte global feminista está de regresso a Portugal