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O que é pior, namorar um “menino da mamã” ou um “ciumento patológico”?

"Por serem o tipo de Personalidade Amorosa Tóxica que, normalmente, as pessoas mais procuram conhecer melhor, destacaria os Manipuladores : Deturpadores de Mentes, Predadores Emocionais e Oportunistas", continuou Fernando Mesquita.
"Quem não os conhece bem, só lhes vê qualidades", afirmou Fernando Mesquita. Veja a seguir qual o modo de funcionamento das pessoas com esta personalidade amorosa:

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O Dia dos Namorados está aí à porta, e com ele as campanhas oficiais que alertam para a violência no namoro e que são lançadas na mesma altura. É importante, por isso, entender como estão as relações amorosas nos dias de hoje e como se podem identificar padrões de violência no namoro. Para responder a estas questões, o psicólogo e sexólogo Fernando Mesquita aborda os assuntos mais pertinentes das relações amorosas.

Sobre o tema das relações e violência, foi recentemente anunciado pela secretária de Estado para a Cidadania e Igualdade, Rosa Monteiro, que no domínio da violência no namoro estão a ser desenvolvidos “19 projetos por todo o país”, além de três outros com “apoio direto da SECI”, que são “fundamentais” e têm revelado que este problema persiste e “logo nos grupos da população mais jovem”.

No início desta semana, a ministra da Presidência e da Modernização Administrativa anunciou também que o governo iniciará, no dia 14 de fevereiro uma campanha de sensibilização contra a violência no namoro.

“Dia 14 vamos lançar uma nova campanha contra a violência no namoro”, anunciou a ministra, citada pela Lusa, defendendo que é pela aposta na educação dos jovens para a cidadania, que se conseguirá combater os crimes de violência doméstica.

Liberte-se das relações tóxicas. Esta é a recomendação – e, ao mesmo tempo, ponto de partida – de Fernando Mesquita no seu livro Deuses Caídos, onde mostra, em mais de 200 páginas, os vários tipos de personalidades que podem compor uma relação. Será que é pior namorar com um “menino da mamã” ou um “ciumento patológico”? Estarão as relações de hoje em dia a mudar? Estas são apenas duas das questões às quais o psicólogo respondeu.

Leia a entrevista completa ao autor do livro “Deuses Caídos”, onde o especialista fala também de questões ligadas à violência no namoro, nomeadamente ajudando a identificar alguns sinais de perigo.

O Dia dos Namorados está a chegar e a pergunta impõe-se: que tipo de relacionamentos e expectativas podemos criar em relação ao amor e às relações amorosas do futuro, nomeadamente numa era pós Me Too?

Ao longo das últimas décadas, a forma como as pessoas encaram as relações amorosas tem sofrido várias alterações, particularmente na sociedade ocidental. Quero acreditar que, apesar de todas as mudanças que ainda possam existir, o amor permanecerá como a base das relações amorosas.

O que é pior? Namorar com um menino da mamã” ou um ciumento patológico”?

A forma como as relações tóxicas afetam as pessoas depende muito da própria estrutura de personalidade de cada uma delas. Para algumas pessoas estar com um “Menino da mamã” é insuportável e o pior dos pesadelos, já para outras o mesmo acontecerá com um “Ciumento Patológico”.

Qual o ingrediente mais tóxico numa relação?

Existem vários “ingredientes” que poderão ser considerados tóxicos, numa relação amorosa, mas, na minha opinião, a falta de respeito é sem dúvida uma das piores. Por muito amor que se sinta, não se deve permanecer numa relação onde não existe respeito. Estarmos com alguém que não nos respeita é não nos respeitarmos a nós mesmos! Normalmente, quem permanece em relações deste tipo tende a manifestar baixa autoestima, ansiedade, insegurança, e/ou depressão. É importante ter em consideração que somos responsáveis por ensinar os outros como queremos ser tratados. Se aceitarmos ser maltratados… vamos ser maltratados! Os outros só vão até onde nós permitirmos!

O tópico da violência no namoro é cada vez mais falado e mais atual. Como podemos ver, logo no início de uma relação, se a pessoa com quem estamos pode tornar-se violenta?

O problema é que, muitas vezes, não é possível (ou fácil) perceber se determinada pessoa é um potencial agressor. O mais importante é estarmos atentos a certos sinais, que estas pessoas tendem a apresentar, tais como:Fazem exigências ou proíbem determinados comportamentos (por exemplo, dizer o que pode ou não vestir, com quem falar ou onde ir); recorrem a jogos psicológicos, palavras cruéis e humilhações (dizendo algo como “não percebes nada disso” ou “não prestas para nada”; “ninguém te quer”; “estás louca/o”; “o que seria de ti sem mim?”; “a relação não está boa, mas tu é que tens de mudar”); procuram isolar ou afastar as vitimas de amigos e familiares;tendem a provocar sensações de medo ou insegurança; por vezes, fazem “demonstrações” da sua força, apertando intensamente a mão, o braço, ou qualquer outra parte do corpo, das vitimas;tendem a culpar as vitimas pelos comportamentos violentos que têm (dizendo algo como, “reagi assim, pois não suporto ver-te a falar com …” ou “já viste o que me fizeste fazer?”); após um comportamento violento, multiplicam-se em desculpas e pedidos de perdão, iludindo as vitimas que foi a “última vez” que reagiram dessa forma.

“Por muito amor que se sinta, não se deve permanecer numa relação onde não existe respeito”.

Que três dicas fundamentais daria a alguém que esteja ‘preso/a’ numa situação de violência?

Não mantenha a situação em segredo. Partilhe o que está a acontecer com alguém de confiança, contacte um serviço de Apoio à Vitima, e/ou apresente queixa na Polícia. Fortaleça as suas convicções. Não permita que duvidem da forma como pensa e/ou sente as coisas. Ninguém sabe melhor que você sobre o que pensa ou sente. Termine a relação e aceite que merece estar numa relação com alguém que o/a ama e respeita!

Percorra a galeria de imagens e veja ainda, segundo Fernando Mesquita, quais os traços de personalidade mais difíceis de lidar quando estamos numa relação.

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