O riso é contagioso. Garantia da ciência e há duas razões para tal

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[Fotografia: Pexels/Liza Summer]

Sorrisos – e o franzir de testa – são tão contagiosos que podem passar (literalmente) de boca em boca numa fração de segundos. Esta é uma das conclusões de um estudo sobre a capacidade surpreendente de ler expressões e que vale a pena recordar no dia em que se celebra o Dia Internacional do Riso, que se assinala esta quarta-feira, 18 de janeiro.

Num artigo publicado no jornal Trends in Cognitive Sciences, os investigadores dizem que quando vemos uma expressão no rosto dos outros ativamos aquilo a que chamam de “simulação sensório-motor”, ou seja, copiamos automaticamente a expressão dos outros, o que nos ajuda a compreender e a reagir às emoções dessa segunda pessoa.

E esta reação acontece num curto (muito curto) período de tempo e de forma totalmente inconsciente, segundo os investigadores. Nem sempre a expressão do rosto muda, mas ativa sempre as áreas mais relevantes do cérebro.

O que acontece é que a reação muscular ajuda o cérebro a reativar memórias de emoções semelhantes. De acordo com o Medical News Today, num passado muito distante, a nossa capacidade de reagir à expressão de estranho, numa fração de segundos, podia significar a diferença entre viver ou morrer.

“É como se em última análise nos puséssemos no lugar da outra pessoa”, explica o investigador principal, Adrienne Wood, psicólogo social na Universidade de Wisconsin, citado pela ‘Christian Science Monitor’. “Nós estamos a colocar-nos dentro da expressão facial de alguém.” Para os cientistas, compreender esta reação pode ajudar a desenvolver uma terapêutica para pessoas com distúrbios sociais.