Papa quer dar voz “às mulheres vítimas de abuso, exploração, marginalização e pressão indevida”

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Papa Francisco [Fotografia: Filippo MONTEFORTE / AFP]

O Papa defendeu esta semana que a violência de género é uma “erva venenosa que afeta a nossa sociedade e deve ser eliminada”, garantindo que as suas raízes são culturais e desenvolvem-se através do preconceito e da injustiça.

Francisco referiu que, em muitas ocasiões, as mulheres são consideradas inferiores ou objetos e relegadas “para segundo plano”. Nestes casos “a sua dignidade não é vista. [A mulher] é considerada apenas um bem que pode ser alienado de qualquer forma, até mesmo eliminado”, declarou o Papa numa mensagem para uma campanha contra a violência de género promovida pela rádio e televisão pública italiana.

“Quantas mulheres são oprimidas pelo peso e pelo drama da violência! Quantas são maltratadas, abusadas, escravizadas, vítimas da arrogância daqueles que pensam que podem dispor dos seus corpos e das suas vidas, obrigadas a render-se à ganância dos homens”, afirmou.

Francisco acusou ainda os meios de comunicação social de serem ambíguos no combate à violência de género, uma vez que “transmitem continuamente mensagens de hedonismo e consumismo“.

O Papa defendeu a “urgência de redescobrir formas de relações justas e equilibradas baseadas no respeito”. Francisco apelou que seja dada a voz “às mulheres vítimas de abuso, exploração, marginalização e pressão indevida”, bem como “agir imediatamente, a todos os níveis, com determinação, urgência, coragem”.

LUSA