Portugueses ganham mês e meio de vida na velhice, mas têm de trabalhar mais três para lá chegar

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[Fotografia: Pexels/Teja T]

A esperança média de vida aos 65 anos voltou a subir. Segundo as estimativas do Instituto Nacional de Estatística (INE), uma pessoa que atinja essa idade pode esperar viver mais 19,75 anos, o que configura um aumento de 1,68 meses, ou seja, pouco mais de mês e meio em 2021-2023 e face ao triénio anterior de 2020-2022.

Este valor provisório foi apresentado pelo INE nesta quarta-feira, 29 de novembro, no mesmo dia em que foi também revelada que a idade da reforma, que vai voltar a subir. De acordo com a entidade, a despedida da vida profissional ativa prevê-se agora para os 66 anos e sete meses em 2025, mais três do que o estimado para 2024.

Por isso, contas feitas, mas que se aplicam apenas a este horizonte até 2025, os portugueses trabalharão mais um trimestre e conseguirão, segundo as estatísticas, pouco mais de mês e meio na velhice.

Para este cálculo da esperança média de vida após a idade da reforma, foram tidos em conta os óbitos registados nas conservatórias do registo civil e as estimativas provisórias da população residente. O valor provisório da esperança de vida aos 65 anos, apurado anualmente pelo INE, é divulgado em novembro servindo de referência para efeitos de determinação da idade normal de acesso à pensão de velhice, sendo que o que agora foi conhecido, como detalha a agência Lusa, não incorpora ainda as estimativas revistas de população residente decorrentes dos resultados definitivos dos Censos 2021.

Em 2023, tinha-se registado um recuo de três meses por comparação com a idade fixada para 2022, algo inédito desde que a idade da reforma passou a estar associada à esperança média de vida.

Tanto a redução de 2023 como a manutenção da idade para 2024 estão associadas ao recuo na esperança média de vida devido à mortalidade associada à pandemia de covid-19 e a sua incidência junto da população mais idosa.