Profissão: testadora. “O Instagram paga melhor do que o Tik Tok”, diz Ana Pacífico

Ana Pacífico
Ana Pacífico [Fotografia: Instagram/Ana Pacífico]

“Criei o Instagram para começar a criar conteúdo, porque não tinha redes sociais. (…) O que me fez entrar no digital foi a minha vontade de entreter”. Ana Pacífico estreou-se nas redes sociais em plena pandemia, enquanto frequentava o curso de Ciências da Comunicação, direcionado para a vertente de Marketing e Publicidade.

Três anos passaram e, atualmente, Ana conta com mais de 200 mil seguidores no Instagram e 75 mil no Tik Tok. O crescimento abrupto deu-se, após um período de decréscimo, com os vídeos Bora Testar, em que testa diferentes produtos de maquilhagem.

“Cheguei aos 45 mil seguidores e, passado um ano, desci até aos 38 mil. Em dezembro decidi fazer uma estratégia de marketing para o Tik Tok, onde testava produtos, comecei a ter mais visualizações, começou a registar um crescimento mais lento, mas houve um dia que estava mais entusiasmada e disse Bora Testar e a minha audiência adorou. No vídeo a seguir começaram a perguntar onde estava o Bora Testar, ou seja, foi a minha audiência que me apontou este caminho”, explicou.

Apesar da rubrica ter sido um ponto de viragem na carreira de Ana Pacífico, o maior crescimento nas redes sociais deu-se quando testou um truque viral no Tik Tok que tinha como objetivo criar sardas falsas a partir de um produto indicado para cabelos.

Ana revelou, durante a entrevista para a Delas.pt, que os vídeos são agora uma junção entre entretenimento e fonte de rendimento: “Consigo aliar o facto de me estar a divertir e desanuvio um bocadinho – quando estou ali sou só eu, a câmara e os produtos – e, ao mesmo tempo, é uma fonte de rendimento”.

No entanto, os produtos que testa são comprados pela própria: “Todos os produtos que testo são produtos que compro, à exceção de um publicidade ou outra que a marca envia o produto, experimento e faço a publicidade”.

Ana Pacífico constatou, ainda, que embora as publicidades no Instagram sejam mais caras, as do Tik Tok acabam por ser mais rentáveis, uma vez que as marcas procuram implementar-se mais nessa plataforma: “O Instagram paga melhor do que o Tik Tok, mas as empresas preferem instalar-se no Tik Tok”.

A profissão de criadora de conteúdos já percorreu um longo caminho em Portugal, no entanto ainda não é totalmente bem aceite pelos departamentos de marketing das empresas. “Estão sempre a olhar para o valor que ganhamos, mas nunca para aquilo que os fazemos ganhar”, notou a influenciadora, acrescentado que vários dos produtos que testa nas redes sociais acabam mesmo por esgotar.