Quarentena: Portugueses cortaram na compra de produtos de beleza na farmácia

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Desde que a pandemia de Covid-19 empurrou os portugueses para dentro de casa, para isolamento social, a rede de farmácias reporta o consumo de menos 20% de medicamentos não sujeitos a receita médica. Já nos produtos especialmente vocacionados para a primavera e verão, as quedas são ainda mais abruptas. De acordo com dados da HMR, multinacional portuguesa de informação e estudos de mercado de produtos farmacêuticos, “a dispensa de produtos solares caiu 77%, com menos 18 mil unidades vendidas na última semana do que em igual período do ano passado”, lê-se no comunicado enviado às redações.

Os números, que comparam a semana de 13 a 19 de abril deste ano com a de 2019, indicam “quebras que são de 17% nos produtos de higiene e para cuidado dermocorporal, tendência que se acentua nos produtos dermatológicos para o rosto”, com uma descida de 32%.

O consumo global de medicamentos caiu, lê-se no comunicado, “4% na primeira semana de abril, em relação ao mesmo período do ano passado, tendência que se agudizou na segunda semana, 22%“.

“Parece existir uma tendência de normalização depois do pico de consumo de medicamentos registado em março, provavelmente porque muitas pessoas abasteceram as suas casas com fármacos para várias semanas de tratamento”, refere João Norte. Apesar destes dados, o diretor-geral da HMR pede cautelas. “Vivemos uma situação atípica, mas na área de saúde e bem-estar é previsível uma redução substancial da atividade económica, com especial risco económico para as farmácias que já tinham feito as suas encomendas e poderão ficar com grandes quantidades de produtos em stock”, refere o responsável desta empresa de estudos de mercado.