Quem é Nadia Calviño? A primeira mulher a presidir o Banco Europeu de Investimento

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Nadia Calviño [Fotografia: JAVIER SORIANO / AFP]

“Estou grata e honrada” por esta escolha, reagiu Nadia Calviño, falando à imprensa em Bruxelas.

A vice-presidente do Governo espanhol Nadia Calviño foi escolhida pelos ministros das Finanças da União Europeia (UE) como a primeira mulher na presidência do Banco Europeu de Investimento (BEI), a instituição financeira do bloco, avançaram fontes europeias.

A escolha da candidatura da espanhola Nádia Calviño – apoiada por Portugal – foi feita na reunião de hoje do Ecofin, em Bruxelas, na qual foi dada ‘luz verde’ ao nome de Nadia Calviño, de acordo com as fontes europeias, após a votação que implicava o aval de 18 países (e 68% do capital subscrito) do Conselho de Governadores do BEI, constituído pelos ministros das Finanças de todos os países da UE.

“O BEI é um instrumento fundamental para a concretização dos objetivos políticos da UE. A Nadia possui todas as qualidades necessárias para gerir o maior banco multilateral do mundo, canalizando o tão necessário financiamento para as empresas e apoiando o investimento para impulsionar a competitividade e o crescimento sustentável da Europa”, adiantou Vincent Van Peteghem.

Este que é considerado um dos lugares de topo nas instituições da UE atraiu, desta vez, o interesse de vários altos funcionários europeus, depois de ter sido liderado durante 12 anos pelo único candidato, o alemão Werner Hoyer, que cumpriu dois mandatos de seis anos e está agora de saída.

Este interesse renovado na liderança do BEI reflete uma nova página desta que é a maior instituição financeira multilateral do mundo em termos de ativos e que será crucial para apoiar a UE nas suas metas ‘verdes’ e digitais.

Werner Hoyer deixa o cargo no final do ano pelo que os governantes tinham até então para nomear um sucessor.

Detido pelos Estados-membros e sediado no Luxemburgo, o BEI é a instituição financeira do bloco comunitário, que suporta financeiramente projetos dentro e fora da UE alinhados com as prioridades europeias, como o crescimento e melhoria do emprego, o combate às alterações climáticas e a transição digital.

Tem atualmente fundos próprios de 78 mil milhões de euros, um balanço contabilístico de 544 mil milhões de euros e um capital subscrito de 249 mil milhões de euros.

Cabe ao presidente do BEI liderar decisões como a contração de empréstimos e a concessão de financiamentos, nomeadamente de empréstimos e de garantias.

LUSA