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Tracee Ellis Ross: “A Bow não é apenas a mãe ou a mulher de alguém”

Tracee Ellis Ross [Fotografia: Instagram]

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Empresária, comediante, rosto do poder da imagem da mulher negra na moda e no empoderamento, Tracee Ellis Ross, de 48 anos, é também atriz e está de volta a Portugal para mais uma temporada da série Black-ish, que chega à nova área de entretenimento da plataforma de streaming da Disney +, a Star, esta terça-feira, 23 de janeiro.

Em véspera de estreia da série, o rosto da produção, onde dá vida à médica Rainbow (Bow), a atriz esteve à conversa com o Delas.pt e falou do que a série de humor mais mudou quer na sua vida, quer na vida das mulheres da comunidade negra. “Em todas as temporadas, a Bow pôde trazer a sua humanidade e não tem estado apenas como alguém com quem se está na relação. O ponto de vista é claro, ela não é apenas a mãe ou a mulher de alguém nesta série”, explica a atriz.

Entre os temas mais importantes para a comunidade abordados nesta série, Tracee Ellis Ross lembra o episódio do pós-parto. “Foi um tema muito importante para as mulheres, olhá-lo, expô-lo”, considerou. Abordou também “a saúde mental na comunidade negra e a série teve a capacidade de mostrar que estamos a cuidar dela”, recorda. “Essa história foi lindamente escrita e creio que é uma das mais importantes para mim. Tendo em conta as gerações de mulheres que vivem na casa [da série], foi importante ver o exemplo de como nos envolvemos e reagimos à saúde mental”, sem “a vergonha”.

A breve trecho, Ellis Ross antecipa que poder vir aí mais um spin-off da série, à semelhança de Grown-ish ou Mixed-ish, mais ainda não levanta o véu. “Creio que Black-Ish estabeleceu um mundo que pode facilmente crescer para outros espaços. Há mais ‘Ishes’ a chegar, não sou eu que faço, são eles que criam, certo é que tem sido muito divertido ver as sementes que Black-Ish semeou para explorar mais mundos”, analisa

A vida real e a herança da mãe, Diana Ross

Mais do que detalhes que Tracee tenha trazido da sua mãe, a cantora Diana Ross, para a série, a atriz diz que a herança que transpõe para a ficção é o lado maternal que sempre teve. “O que trouxe da minha mãe é o que eu tenho como Tracee, sou muito maternal como pessoa e, por isso, foi fácil entrar na pele de Bow Johnson”, acrescenta.

Já sobre o papel da série na sua vida profissional, a atriz considera que Black-Ish lhe “mudou a carreira”. “Trouxe-me um Globo de Ouro, múltiplas nomeações para os Emmys, deu-me as maiores plataformas que me permitiram usar a minha voz, trouxe luz em áreas e espaços que são para bens maiores”, elenco. Tracee Ellis Ross fala em “criatividade” e em caminho que lhe permitiu “ser produtora”: “fazer coisas que sempre quis, concretizei sonhos que sempre tive e a série abriu espaço para ela, Black-Ish é muito especial”.

Sobre o percurso e a herança do êxito da mãe, Tracee diz-se grata por “a fama ter chegado num tempo e numa idade em que já não define o valor”. “A minha identidade não foi construída sobre a minha fama. Estou grata por esta atenção ter chegado até mim com tempo”.

Star com novas produções, mais cara

A nova área da plataforma Disney+, a Star, pretende reunir séries e filmes que têm a chancela da Disney, como a Disney Television Studios (20th Television e ABC Signature), FX Productions e 20th Century Studios. Com esta plataforma, vai ser possível rever conteúdos, estando incluída a possibilidade de exercício do poder parental para determinadas produções

Entre os conteúdos, agora mais caros, estão Anatomia de Grey, Uma Família Muito Moderna, Foi Assim que Aconteceu, Perdidos, Prison Break, Family Guy,Donas de Casa Desesperadas e Scandal.

Entre os filmes disponíveis em tempo de arranque estão A Favorita, Três Cartazes à Beira da Estrada, O Grande Hotel Budapeste e Deadpool. A estes juntam-se inúmeros clássicos, como Um Sonho de Mulher (Pretty Woman), todos os filmes da saga Die Hard, O Diabo Veste Prada e Moulin Rouge.