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Trump volta a negar caso de assédio e fala em “notícias falsas”

Percorra a galeria e conheça as 17 mulheres que revelam - e revelaram - episódios de assédio sexual perpetrado pelo atual presidente dos EUA, Donald Trump.[Fotografia: Reuters]
Anos 80 - Jessica Leeds: Tudo teve lugar numa viagem de avião, nos anos 80. Trump sentou-se ao lado dela. Após uma conversa de circunstância de 45 minutos, Leeds conta que Trump terá começado a agarrar a mamas e a colocar a mão sob a saia. “Parecia um polvo”, descreveu, em outro de 2016, Leeds ao jornal Times.[Fotografia: DR]
1989 - Ivana Trump: Sim, falamos da ex-mulher do próprio magnata e mãe de Ivanka Trump que terá relatado a Hurt, autor do livro Lost Tycoon: The Many Lives of Donald J. Trump (Milionário perdido: as muitas sodas de Donald J.Trump, em tradução literal), ter sido violada pelo futuro ex-marido. O livro descreve que o caso teve lugar cerca de 16 meses após a separação e em vésperas do processo de divórcio ficar concluído. Um episódio “aterrador”, escreveu o autor, afirmando que foram várias as pessoas próximas da Ivana a confirmar aquela história. Desde aí, a ex-mulher tem vindo a relativizar o caso [Fotografia: Reuters]
Início da década de 90 - Kristin Anderson: O caso ter-se-á passado num bar. A antiga manequim estaria com amigos até que, subitamente, sentiu uma mão sob a saia a tocar a sua vagina através da roupa interior. Voltou-se para trás e reconheceu Donald Trump como o agressor. Nunca tinha falado deste caso até às eleições dos EUA. [Fotografia: DR]
1993 - Jill Harth: O cenário era a casa em Mar-a-Lago e o episódio terá tido lugar no quarto da filha Ivanka. Barth estava com o companheiro, George Houraney, no âmbito de um encontro de negócios. Trump foi insistente. Jill apresentou queixa por tentativa de violação, mas acabaria por chegar a um acordo confidencial. [Fotografia: Facebook]
1997 - Participantes da Miss Adolescente EUA: Não foi uma, foram cinco as concorrentes, com idades entre os 15 e os 19 anos, que reportaram comportamentos inadequados por parte de Trump, estando presente nos bastidores enquanto elas se trocavam. Não foram casos únicos ao longo de décadas. Mas já lá vamos. [Fotografia: DR]
1997 - Temple Taggart McDowell: Agora, no concurso de Miss EUA, esta participante, então com 21 anos e vinda do Utah, revelou que ele lhe deu um beijo na boca assim que se se conheceram. Esta ex-concorrente, a par com as congéneres Summer Zervos, Jessica Drake e Rachel Crooks, deram a cara e contaram as suas histórias recentemente, aquando do protesto da Marcha das Mulheres, que teve lugar em março último, em Washington. [Fotografia: Facebook]
1997 - Cathy Heller: Um beijo indesejado, em frente ao seu marido e três filhos, diante de dezenas de outros convidados, na residência de Mar-a-Lago e no dia da Mãe. [Fotografia: Reuters]
1998 - Karena Virginia: “Olha para esta, ainda não a tínhamos visto antes. Olha só para aquelas pernas”. Este foi o início da conversa que Karena ouviu da boca de Trump para um amigo. De seguida, esta mulher relata ter sido agarrada pelo agora presidente e de ele lhe ter todo no peito. Tudo isto à saída do US Open Tenis. [Fotografia: Facebook]
2003 - Mindy McGillivray: Era assistente de fotografia quando percebeu que as mãos de Donald Trump tinham acabado de aterrar no seu rabo, durante um concerto que decorreu em Mar-a-Lago. [Fotografia: DR]
2005 - Natasha Stoynoff: A jornalista - que estava a preparar um trabalho biográfico sobre Trump para a revista People - revelou que o magnata a empurrou contra a parede e a forçou a dar-lhe um beijo, tudo isto enquanto mostrava a propriedade de Mar-a-Lago. [Fotografia: DR]
2005 - Jennifer Murphy: Durante a quatro temporada do reality show O Aprendiz, esta concorrente afirmou que o empresário lhe tinha dado um beijo nos lábios após a entrevista para o emprego. [Fotografia: reuters]
2005-Rachel Crooks: O encontro teve lugar na Torre Trump. Crooks era rececionista de uma das empresas instaladas naquele edifício e cruzou-se com o magnata enquanto esperava pelo elevador. Depois de apertarem as mãos Trump tê-la-á beijado no pescoço e na boca. “Foi tão inesperado”, afirmou. Crroks tinha 22 anos quando este episódio teve lugar, em 2005. [Fotografia: Reuters]
2006 - Samantha Holvey: Ela era concorrente no certame Miss USA 2006, tinha 20 anos, e representava a Carolina do Norte. Holvey revelou que Donald Trump chegaria e iria inspecionar pessoalmente todas mas concorrentes. “Nojento”, descreveu a antiga miss à CNN, em outubro último. “Éramos apenas carne, éramos apenas objetos sexuais, não éramos pessoas”. Houve mais participantes a corroborar esta denúncia. [Fotografia: Reuters]
2006 - Ninni Laaksonen: Um ano depois, era a ex-miss Finlândia que tinha uma história indesejada com Trump para contar. Ele ter-lhe-á posto as mãos no rabo enquanto eles eram fotografados e esperavam para entrar em cena no programa The Late Show With David Letterman. [Fotografia: Pnterest]
2006 - Jessica Drake: Esta atriz e realizadora de filmes pornográficos conta que tudo começou quando ela e duas amigas foram até ao quarto de hotel de Trump após um torneiro de golfe, na Califórnia. O milionário agarrou as três e beijou-as sem pedir permissão. Elas saíra, do quanto e mais tarde Trump terá contactado Drake para a convidar para um jantar e para uma festa. Ela recusou e ele terá perguntado “quanto é que ela queria”. E não ficou por aí: Jessica conta que terá recebido um segundo telefonema no qual lhe foi proposto 10 mil dólares e o uso do jacto privado em troca de dormir com ele. [Fotografia: Reuters]
2007- Summer Zervos: Foi uma das primeiras vozes a fazer-se ouvir contra Trump e o assédio sexual assim que a campanha presidencial estalou. À data dos factos, Zervos era concorrente da quinta edição do programa de televisão O Aprendiz e relata que o milionário a beijou duas vezes na boca e lhe pediu o número de telefone. Semanas depois, ele convidou-a para ir até ao hotel onde estava instalado, em Los Angeles. Ela foi levada até ao quarto dele. Trump pediu-lhe para se sentar ao seu lado e, seguida, investiu contra ela. “Ele agarrou no meu ombro e começou a beijar-me de forma agressiva, colocou as mãos dele no meu peito”, relatou. [Fotografia: Reuters]

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O Presidente norte-americano, Donald Trump, assegurou esta terça-feira, 20 de fevereiro, que não conhece a mulher que o tornou a acusar de a ter assediado sexualmente em 2006, em Nova Iorque, que contudo reafirmou a sua versão.

“Uma mulher que não conheço e que, tanto quanto me recordo, nunca conheci, está na manchete do Meio de Notícias Falsas Washington Post dizendo que a beijei (durante dois minutos) no vestíbulo da Torre Trump há 12 anos. Nunca aconteceu!“, escreveu Trump, na sua conta oficial na rede social Twitter. “Quem faria isso num espaço público com câmaras de segurança ativas em direto? Outra acusação falsa“, acrescentou.

Trump volta a negar este caso de assédio sexual – e todos os outros – em que tem estado envolvido. Na galeria acima recorde as cerca de duas dezenas de mulheres que acusam o chefe de Estado norte-americano de investidas sexuais indesejadas sobre ele.


Leia mais sobre esta polémica aqui


O multimilionário repudia todas as acusações e aponta o dedo a órgãos de comunicação social. “Por que é que o @washingtonpost não informa sobre as mulheres que aceitaram dinheiro para inventarem histórias sobre mim? Uma delas conseguiu pagar a sua hipoteca. Só a @FoxNews informou isso (…). Não encaixa na narrativa dos meios de comunicação generalistas”, disse ainda na sua conta de Twitter.

Quem é Rachel Crooks, a primeira mulher a acusar Trump?

O diário The Washington Post publicou na última hora de segunda-feira, 19 de fevereiro, um perfil de Rachel Crooks, de 35 anos, uma das 19 mulheres que garantem que Trump as assediou sexualmente, tendo assumido publicamente o caso ainda antes das eleições de novembro de 2016.

Na ocasião, Crooks – que também integra a listagem acima apresentada – acusou Donald Trump de a ter beijado à força, em janeiro de 2006, na Trump Tower, em Nova Iorque.

Rachel Crooks [Fotografia: Reuters]

Também através da rede social Twitter, esta mulher respondeu às mensagens de Trump, desafiando-o a divulgar “as gravações” das câmaras de segurança “no passeio frente aos elevadores do piso 24”, onde assegurou que ocorreu o beijo, e não no vestíbulo da Torre Trump, como afirmou o presidente.

“Deixemos isto claro para todo o mundo. São os mentirosos na política como o senhor que me levaram a candidatar-me a um cargo público“, escreveu Crooks no Twitter, aludindo ao anúncio que fez este mês que vai concorrer pelos democratas a um lugar na Câmara dos Representantes do Estado do Ohio.

No perfil feito pelo The Washington Post citaram-se as palavras de Crooks durante uma reunião recente com um grupo de mulheres no Ohio, em que contou o incidente que, garantiu, ocorreu quando Trump tinha 59 anos e ela 22 e trabalhava como secretária para uma empresa instalada no edifício homónimo do presidente norte-americano. Um dia, “ele estava à espera do elevador fora do nosso escritório, quando consegui coragem para me apresentar”, disse.

Agarrou-me na mão e mantive-me firme. Começou a beijar numa face, depois na outra. Entre os beijos, falava comigo e perguntava-se de onde era e se queria ser modelo. Não me soltava a mão e logo começou a beijar-me nos lábios. Foi um beijo prolongado, se calhar durou dois minutos, talvez menos”, relatou.


Os casos de assédio, e não só, têm sido uma das razões de afastamento de Melania Trump do marido. Saiba mais aqui


Durante a campanha eleitoral de 2016, Trump negou todas as acusações de abuso sexual que lhe foram feitas. Chegou a sugerir que algumas das mulheres que o tinham acusado estavam a mentir porque eram muito pouco atraentes para que ele quisesse ter qualquer relação com elas. A Casa Branca já veio dizer que o facto de Trump ter sido eleito demonstra que os norte-americanos não querem saber das acusações, ou não acreditam nelas.

Não obstante, o crescimento do movimento #Me Too, relativo às denúncias feitas por mulheres conhecidas de situações de assédio sexual, e a acusação de violência doméstica contra um seu ex-assessor na Casa Branca, Rob Porter, colocaram Trump em posição incómoda, que já este mês defendeu o “devido processo” para os homens acusados de abusos.

CB com Lusa

Imagem de destaque: Reuters

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