Voto feminino em 1911 agora é uma Ópera de Victorino d’Almeida

opera conspiração
[Fotografia: Divulgação/1911 - A Conspiração da Igualdade]

Uma ópera que recorda a luta pelo voto feminino em 1911, dirigida por Jorge Salgueiro e com música de António Victorino d’Almeida, estreia-se na sexta-feira, 1 de dezembro, em Setúbal, como parte de uma tetralogia operática dedicada às Constituições portuguesas.

1911 – A Conspiração da Igualdade é o título da ópera que a Associação Setúbal Voz leva ao palco do Fórum Municipal Luísa Todi, nos dias 1, 2 e 3 de dezembro, segundo a Câmara Municipal de Setúbal.

O libreto, de Francisco Teixeira, é sobre a luta pelo voto feminino no contexto da Implantação da República e do surgimento da Constituição de 1911, através de uma versão alternativa da história de Carolina Beatriz Ângelo, a primeira mulher portuguesa a votar.

A interpretação estará a cargo da Companhia de Ópera de Setúbal, do Coro Setúbal Voz e de uma orquestra com direção artística de Jorge Salgueiro.

O espetáculo terá repetição a 22 de dezembro, no Grande Auditório Francisca Abreu, em Guimarães, no âmbito do V Festival de Canto Lírico daquela cidade, com encenação de João Garcia Miguel e participação especial da Orquestra do Norte, indica o ‘site’ do Centro Cultural Vila Flor.

Esta é a segunda de quatro óperas originais, criadas por quatro compositores, libretistas e encenadores portugueses contemporâneos, dedicadas às quatro Constituições Portuguesas.

A primeira, “1822 — Mau Tempo em Portugal”, estreou-se no dia 7 de julho, no Fórum Municipal Luísa Todi, e contou com música de Eurico Carrapatoso, libreto de Miguel Jesus e direção musical e artística de Jorge Salgueiro.

As outras duas óperas que compõem o conjunto são 1976 – A evolução dos cravos e 2030 – A nova ordem, com estreias previstas para o próximo ano.

“A ‘Tetralogia Operática Sobre 4 Constituições Portuguesas’ é um projeto operático organizado à volta das três principais constituições liberal-democráticas portuguesas (1822, 1911 e 1976) e uma distópica constituição não-democrática (2030!), por vir, que queremos exorcizar, e mais ainda num momento tão especial da história da democracia portuguesa, em que se comemoram os 50 da revolução de abril”, destacam os organizadores.

Esta obra operática ficou em segundo lugar no concurso nacional do Programa de Apoio Sustentado às Artes, na área da música e ópera (criação), lançado em 2022 pela Direção-Geral das Artes (DGArtes), com um montante global atribuído de 120 mil euros.

LUSA