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9 estratégias mesmo simples para poupar

Veja nesta galeria o que pode fazer já hoje para começar a poupar.
Guarda-roupa. Venda as peças que já não lhe interessam em lojas de roupa segunda mão, mercados ou sites gratuitos. Compre peças que permitam o máximo de conjugações possíveis. Também é preferível investir na qualidade e versatilidade da sua roupa, optando por isso por cores neutras e de cortes simples, básicos e intemporais. Aposte, ainda, nos arranjos: lá porque uma bainha se descoseu ou um bolso rompeu, existem muitas formas de consertar o que se estragou ou até dar nova vida a velhas peças.
Em casa. Cozinhe com os tachos tapados, reduza o número de vezes que abre o frigorífico, retire carregadores das tomadas quando não estão em uso, desligue as luzes e aparelhos nas divisões vazias, etc. Em suma: faça os possíveis para reduzir o consumo de energia e vai ver uma diferença na fatura ao final do mês. O mesmo se aplica ao consumo de água, que pode reduzir com pequenos truques, como o uso de redutores de caudal ou de uma garrafa cheia no autoclismo, além de substituir os banhos de imersão por duches rápidos.
Maquilhagem. Aproveite vales de desconto, promoções e saldos, assim como aderir ao cartão de cliente de perfumarias, farmácias, parafarmácias ou lojas de cosméticos/maquilhagem e usufruir dos benefícios associados. Aproveite também amostras gratuitas para experimentar produtos, evitando assim a compra de algo que pode acabar por não usar, são algumas dicas da assessora de imagem Alexandra Lopes (www.alexandralopes.com). Também são ótimas para utilizar em viagens. Por fim, opte por produtos que numa mesma fórmula hidratem, purifiquem e escondam imperfeições...
Compras de supermercado. Aproveite as promoções para comprar em quantidade, congele tudo o que puder e reduza as visitas ao supermercado ao máximo. Prepare uma tabela com indicação dos produtos que compra habitualmente e o respetivo valor. Leve-a consigo quando for às compras e nunca mais será enganada numa promoção. Por fim, faça o planeamento da ementa semanal. Vai, desde logo, notar uma redução significativa nas suas contas de supermercado, já que evitará o desperdício alimentar.
No emprego. Tome o pequeno-almoço em casa e leve os lanches e o almoço para o trabalho pelo menos quatro vezes por semana. É mais saudável, e provavelmente mais saboroso. Num mês consegue poupar dezenas de euros com esta pequena alteração.
Compre usado. Em sites como o OLX ou o eBay pode encontrar artigos usados em muito bom estado e a preço reduzido. Verifique pessoalmente a qualidade dos mesmo e esteja atenta à sua segurança caso os vá recolher pessoalmente.
Combustível. Principalmente se usa o carro para se deslocar diariamente procure os postos onde é mais barato e eventuais cupões de desconto associados a compras em algumas superfícies comerciais. Uma condução sensata também ajuda a manter as finanças mais saudáveis, assim como os tripulantes...
Crédito. Para poupar é preciso evitá-lo, o que implica algum planeamento. Se pretende passar férias, pagar seguros ou comprar um computador, por exemplo, vá poupando ao longo do ano de forma a pagar a pronto e evitar juros.
Aposte no online. Encontra maquilhagem, produtos de cosmética e de consumo diário muito mais baratos pois os sites não acarretam custos associados às lojas físicas. Pequise supermercados online como o Goodafter (https://goodafter.com/pt/mercearia-21 ou A Tua Despensa (https://www.atuadespensa.pt/pt/. Para estar certa das sua opções, recorra aos comparadores de preços como o Izideal, o Kuanto Kusta ou ShopMania.

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É verdade que a economia dá sinais de recuperação desde 2016, mas poupar voltou a ser uma prioridade. E, segundo especialistas na matéria, não é difícil poupar, desde que a poupança seja tratada como qualquer outra despesa. Sim, como uma despesa fixa e obrigatória.

Para começar, no início de cada mês, devemos guardar uma parte do ordenado – 10% – e viver apenas com o que sobra. A regra da poupança recomenda, ainda, que o orçamento mensal se divida da seguinte forma: 35% para a habitação (inclui renda, água, energia, telefone, internet e despesas diárias); 25% para alimentação, compras, refeições fora, lazer e férias; 15% para os transportes (veículos, combustível, passes e seguros) e 15% para outros empréstimos como crédito pessoal e cartões de crédito.

Para facilitar a tarefa existem vários truques: registe todas as despesas num ficheiro Excel ou use uma das muitas aplicações disponíveis no mercado. É a única forma de descobrir onde está a gastar a mais para conseguir fazer os cortes necessários. Por outro lado, reveja as contas mensalmente e verifique onde gastou o dinheiro para compreender se pode cortar algumas despesas ou arranjar forma de as diminuir. Vai ver que encontra problemas fáceis de solucionar, principalmente se seguir as nove dicas de poupança que deixamos a seguir.

E se a crise voltar?

Durante os anos 1990 vivia-se em Portugal um ambiente de grande otimismo. Lisboa Capital da Cultura, em 1994, a Expo`98 e as crescentes obras públicas insuflaram-nos de energia positiva e confiança no futuro. Reservar algumas poupanças para dias difíceis não passava pela cabeça da maioria. Até que em 2008 a bolha imobiliária norte-americana estoirou e em 2011 chegou uma crise generalizada que se espalhou por toda a Europa.

O aumento brutal dos valores do mercado imobiliário e a aprovação do crédito pelos bancos e o aumento do crédito pessoal resultam num endividamento exagerado das famílias.

Só em 2014, segundo dados da Defesa do Consumidor quase 90% das famílias que pediram ajuda à organização acabaram por ser encaminhadas para insolvência. Os cortes salariais, o aumentos dos impostos e das taxas de juro de crédito ao consumo e à habitação, assim como a diminuição do rendimento disponível foram as principais razões para a existência de cada vez mais portugueses em dificuldades. Além, claro, da taxa de desemprego que chegou a atingir 16,3% da população em 2013, contra 4% de 2000, de acordo com a Pordata.

Apesar da retoma, com o desemprego em níveis bastante mais baixos e o aumento do rendimento, são vários os economistas que vêm dizendo que estamos a viver novamente um cenário de pré-crise, como João César das Neves e Francisco Louçã, com o aumento brutal dos valores do mercado imobiliário e a aprovação do crédito pelos bancos e o crescimento do crédito pessoal, o que resulta num endividamento exagerado das famílias. Na semana passada do Banco de Portugal emitiu novas diretrizes de aprovação de empréstimos para tentar controlar o endividamento excessivo das famílias. Internacionalmente, os mercados dão prenúncios de crise com grandes flutuações na bolsa. Por todas estas razões, o melhor é poupar pois nada garante que o cenário de 2011 não se repita.

Sara Raquel Silva