A moda das cabeças tapadas chegou à Benetton

A moda da cabeça tapada não é nova e tem tido este inverno um enorme protagonismo. Nos desfiles de Marc Jacobs, Tom Ford, Versace, Calvin Klein, Vetements, Preen e Chanel algumas modelos desfilaram de cabelos arrumados de forma modesta por baixo de um lenço ou gorro. Um número considerável de aparições sem cabelos à vista, um número mais que suficiente para decretar que esta é uma tendência desta estação. Quer se goste da ideia ou não, este é um facto.

E o conceito parece ter aterrado em Lisboa. A loja da Benetton do Chiado exibe, desde sexta-feira passada, três manequins com a cabeça tapada por uma gola de malha preta. A marca, que é conhecida pelas suas imagens extremamente políticas, garantiu ao Delas.pt que esta foi uma escolha puramente estética, sem qualquer tipo de mensagem.

“As montras da Benetton são desenvolvidas em Itália e o design é partilhado a nível global. O critério do styling das peças nas montras da Benetton é feito puramente pelo estilo. Neste caso específico o passa-montanhas, interpretado pela gola de lã na cabeça, é utilizado por ser uma tendência esta estação”, esclareceu ao Delas.pt a marca italiana.

A moda em questão, como qualquer tendência que se preze já saiu das passerelles para chegar às lojas e ao quotidiano. A campanha de outono da Zara teve como protagonistas mulheres de lenço na cabeça, ainda que atado de uma forma que lembra mais as mulheres do leste europeu e até do Portugal Salazarista que qualquer referência aos preceitos muçulmanos. Uma linha estética que também a fadista Carminho seguiu numa das imagens do seu último álbum ‘Maria’.

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Contra factos não há argumentos, e a cabeça tapada parece estar a tornar-se uma estética comum, no entanto, é também certo que este é um assunto delicado e que provoca grande controvérsia. Temos como exemplo o caso das balaclavas da Nike que tiveram de ser retiradas do mercado depois da contestação social.

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