Afinal, Ana Obregón não foi mãe, foi avó. Eis Ana Sandra

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Fotografia: Twitter/Hola!]

Ao contrário do que foi inicialmente avançado e agitou a polémica em Espanha, a atriz e apresentadora Ana Obregón não foi mãe aos 68 anos, por recurso a barriga de aluguer, mas foi avó, cumprindo um último desejo do seu filho, Aless Lequio, que morreu em maio de 2020, aos 27 anos, vítima de cancro.

Desfazendo todas as dúvidas, Ana Obregón faz capa da revista espanhola Hola! nesta quarta-feira, 5 de abril, apresentando a sua neta, Ana Sandra, e falando pela primeira vez da polémica em que se viu envolvida, por ser alegada mãe aos 68 anos e por ter recorrido a uma prática de gestação que não está reconhecida em Espanha.

Segundo avança a Hola, a recém-nascida a 20 de março, em Miami, nos Estados Unidos da América, é legalmente filha adotiva de apresentadora e atriz.

Atriz e apresentadora Ana Obregón em entrevista e na capa da revista espanhola ‘Hola’

Biologicamente, Ana Sandra é filha de Aless Lequio, fruto de uma gestação de substituição legalmente prevista nos Estados Unidos da América e vai ficar a cargo da avó. “Um presente do céu”, define Ana Obregón na entrevista à publicação. “Esta menina não é minha filha, mas minha neta. É filha de Aless e quando crescer vou-lhe contar que o pai dela foi um herói, para ela saber quem ela é e o quanto ela pode estar orgulhosa dele”, afirmou à referida publicação. “O que muita gente não sabe é que esta foi a última vontade de Aless: de trazer um filho seu ao mundo e isso mesmo nos disse ele, a mim e ao pai, uma semana antes de morrer”, justifica.

A forma como tratará a avó – mas mãe na letra da lei – será de Bela, tal como Aless tratava a mãe, Ana Obregón, referindo que recusará qualquer mentira: “Porque lhe vou dizer que é minha filha adotiva? Não, não vou esconder. Vou dar-lhe todo o amor que tenho. Vai ser uma menina cheia de saúde e feliz”, antecipa.

Sobre a polémica a que foi sujeita em Espanha, a atriz e apresentadora rejeita todas as críticas e lembra que só os pais que perderam filhos têm o direito de se pronunciarem sobre realidades como esta. “Esse debate é absurdo”, afirmou. “A gestação de substituição é usada há anos e legal em muitos países do Mundos. Muitos casais não podem ter filhos ou casais homossexuais ou por um outro qualquer motivo e recorrem a esta técnica”, contextualiza. Surpreendida com a polémica que o caso causou, Obregón lembra: “Aqui [em Miami] é algo muito normalizado e todos acham bem. Todos me felicitam, sem qualquer problema, médicos, enfermeiros, pediatras. Aqui não há debate”, afirma.