Água: poupe e tenha saúde

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A água para consumo humano e que chega a casa dos consumidores pela torneira apresenta uma “excelente qualidade”. Quem o garante é o relatório Controlo da Qualidade da Água para Consumo Humano, levado a cabo pela entidade gestora do setor e relativo a 2016.

De acordo com a Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR), Portugal “mantém o nível de excelência com o indicador de água segura na ordem dos 99%, podendo garantir-se à população que pode beber água da torneira com confiança“.

A entidade reguladora realizou 50 ações de fiscalização em 2016, e instaurou processos de contraordenação principalmente sobre incumprimentos de prazos administrativos, tendo confirmado que “a água para consumo humano em Portugal continental apresenta uma excelente qualidade“.

Do total das ações de fiscalização, 84% foram realizadas no norte e centro do país e é nestas regiões que a ERSAR diz “ainda” persistir “alguns problemas pontuais de qualidade da água, geralmente em pequenas zonas de abastecimento“.

2016 trouxe melhorias da água face a 2015

Quanto às análises à qualidade da água na torneira, foram realizadas “a quase totalidade” das impostas pela lei. Ficaram por efetuar “416 análises em mais de meio milhão” de obrigatórias.

Nas 400 mil análises realizadas, o cumprimento dos valores paramétricos atingiu 98,77%, segundo a ERSAR, e em 1,23% das análises realizadas, os parâmetros que evidenciam maior número de incumprimento são “o pH, devido às caraterísticas hidrogeológicas das origens de água, e os microbiológicos, por ineficiência da desinfeção, tendo neste caso ocorrido uma ligeira melhoria, quando comparado com 2015”.

Nas situações de incumprimento, “as entidades gestoras, em articulação com as autoridades de saúde e a ERSAR, tomaram as medidas adequadas para garantir a proteção da saúde humana, sempre que tal se tenha justificado”, aponta a entidade gestora.

Em 2016, salienta, as 15 entidades gestoras em alta, que vendem a água aos municípios, continuaram a revelar globalmente resultados acima da meta de 99%, apresentando o indicador água segura o valor de 99,73%.

O desempenho das entidades gestoras em baixa – que abastecem os consumidores -, “continua a refletir as assimetrias regionais”, sendo no interior, com maiores carências de recursos humanos, técnicos e financeiros, que “se concentram os incumprimentos ocorridos“.


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Cerca de 90% dos incumprimentos ocorreram nas pequenas zonas de abastecimento que servem menos de 5 mil habitantes (na globalidade servem apenas 14% da população).

CB com Lusa

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