Sala cheia na Amalie Arena, na Flórida, EUA, onde Amy Schumer deu um espetáculo de stand-up comedy este domingo à noite. Tudo parecia estar a correr bem, até ao momento em que a humorista começa a gozar com o candidato republicano à presidência dos EUA, Donald Trump, chamando-o de “monstro cor de laranja e abusador sexual”, entre outras coisas.
Em vez de provocar gargalhadas à plateia, a comediante foi vaiada e cerca de 200 pessoas abandonaram a sala nessa altura. “Eu não queria ter ouvido aquilo. Nós queríamos desfrutar da noite, sem piadas sobre política”, reclamou um dos espectadores ao jornal local ‘Tampa Bay Times’.
Algo que também deixou alguns membros da plateia desconfortáveis foi o facto de Schumer ter pedido a um apoiante de Trump para subir ao palco e explicar o que o leva a torcer pelo candidato republicano. Foi nessa altura que se ouviram vozes de discórdia e a comediante convidou-os a sair.
As críticas também se fizeram ouvir nas redes sociais, onde vários internautas reclamaram com o tom demasiado político do espetáculo. “Viemos para nos rir, não para falar de política. Para isso, podemos ligar a CNN ou a NBC”, lê-se num comentário.
Houve ainda quem elogiasse Amy por ter convidado vítimas de assédio sexual a levantarem-se, enquanto tecia alegações contra o candidato republicano. “Foi um momento poderoso, fiquei enojado com aqueles que saíram”, escreveu um fã.
No seu recém-publicado livro, ‘The Girl With the Lower Back Tattoo’, Schumer descreve Tampa como uma cidade “horrenda”. “Não tenho medo de escrever isto, porque sei que nenhuma pessoa que lá vive alguma vez leu um livro”. O ‘Tampa Bay Times’ estima, no entanto, que cerca de dez mil fãs compraram bilhete para assistir à atuação de domingo à noite. A publicação refere ainda que as pessoas que abandonaram a arena correspondem a apenas 1% daquelas que marcaram presença no espetáculo.