Cancro do ovário mata 33 mulheres todos os meses, em Portugal

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[Fotogtrafia: Andrea Piacquadio/Pexels]

O Instituto Nacional de Estatística reportou a morte de 391 portuguesas em 2020 devido a cancro nos ovários, de acordo com as estatísticas vitais de maio de 2021. Uma doença silenciosa que, naquele ano, tirou a vida a 33 mulheres por mês.

Lídia Anjos, que contou a sua história com a doença – diagnosticada aos 47 anos – no programa de Bruno Nogueira, Tabu e, mais recentemente, no vespertino de Júlia Pinheiro, ambos na SIC, é a mais recente vítima mortal de uma doença que se caracteriza por chegar de forma silenciosa.

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Lídia Anjos [Fotografia: Instagram/Bruno Nogueira]
Os especialistas alertam para o facto de muitos dos sintomas desta doença poderem ser confundidos com alterações naturais do organismo, o que torna a deteção precoce da doença muitas vezes difícil.

Inchaço abdominal, alterações intestinais, desconforto ou dor pélvica, perda de apetite, dores lombares ou alterações urinárias estão entre os sintomas da doença. Entidades como a Sociedade Portuguesa de Oncologia ou a Liga Portuguesa Contra o Cancro alertam que é fundamental detetar estes tumores antes que se disseminem, uma vez que as mulheres tratadas em fase inicial têm maior probabilidade de sobrevida a longo-prazo.

O diagnóstico só pode ser obtido através dos sinais e sintomas e de testes sanguíneos, exames internos e externos do abdómen, TAC ou ressonância magnética e, em alguns casos, através de laparoscopia.

Os tratamentos passam essencialmente pela cirurgia, que é considerada a primeira linha na maioria dos casos, embora também a quimioterapia possa ser recomendada.

Em Portugal, o cancro do ovário é o nono cancro mais comum nas mulheres e o oitavo mais mortal, levando à morte de uma média de 380 mulheres todos os anos.