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As 11 vezes que o Papa Francisco pôs o dedo na ferida

Recorde, clicando sobre as setas, as mais importantes mensagens políticas e sociais que o Papa Francisco tem proferido no seu Pontificado. [Fotografia: Stefano Rellandini/Reuters]
Cidade do Vaticano, Agosto 2017: "Em Maria, Rainha da Paz - que nós contemplamos hoje na glória do paraíso - confio mais uma vez as ansiedades e as tristezas das pessoas que sofrem em muitas partes do mundo devido a desastres naturais, tensões sociais ou conflitos" [Fotografia: Stefano Rellandini/Reuters]
Brasil - julho 2013. A presença nas jornadas mundiais da juventude foram palco para o Papa abordar outros temas naquela que constituiu a primeira viagem internacional do seu pontificado. Os indígenas e o papel importante que têm desempenhado na história e sociedade brasileiras tomaram conta das preocupações. Em julho de 2015, aquando da viagem à Bolívia, ao Equador e ao Paraguai, o Pontífice volta a fazer da inclusão dos indígenas e das minorias eixos centrais das suas mensagens (Foto: Pilar Olivares/Reuters)
Médio Oriente Maio 2014. Papa Francisco visitou o Muro das Lamentações e a Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém, e convidou cristãos, muçulmanos e judeus a serem “agentes da paz e da justiça”. Pediu ainda para que Jerusalém se tornasse a “cidade da paz” (Foto: Andrew Medichini/Reuters)
Coreia do Sul Agosto 2014. “A busca da paz constitui um desafio também para cada um de nós”, afirmou o Sumo Sacerdote, aquando da visita na qual pediu a reconciliação das Coreias do Sul e do Norte. “Trata-se do desafio perene de derrubar os muros do ódio, promovendo uma cultura de reconciliação e solidariedade”, pediu (Foto: Lee Jin-Man/Reuters)
Estrasburgo - Parlamento Europeu Novembro 2014. Educação, eutanásia e aborto, família, promoção de políticas de emprego e condições sociais do velho continente foram temas referidos pelo Papa no discurso aos eurodeputados. Mas a fome e o drama dos refugiados estiveram muito longe de ser esquecidos: “Não se pode tolerar que milhões de pessoas no mundo morram à fome, enquanto toneladas de sobras de alimentos se descartem diariamente das nossas mesas”, vincou o Pontífice, alertando para a necessidade de a União Europeia se envolver no apoio aos refugiados. “Não se pode tolerar que o mar Mediterrâneo se converta num grande cemitério", disse (Foto: Vincent Kessler/Reuters)
Cuba Setembro 2015. Recebido por Fidel e por Raul Castro, ex-presidente e o atual presidente cubano, Francisco pediu para que Cuba e Estados Unidos da América avançassem no restabelecimento das relações entre os dois países e que desenvolvessem “todas as suas potencialidades" (Foto: Osservatore Romano/Reuters)
EUA – Congresso Setembro 2015. Papa Francisco vincou o papel dos políticos na sociedade como agentes do estímulo “do crescimento de todos os seus membros, especialmente aqueles que estão em situação de maior vulnerabilidade ou risco”. Pediu para que não houvesse medo dos estrangeiros, lembrando que “muitos dos americanos são filhos de imigrantes”. O comércio e venda de armas também mereceu a atenção do Papa: “Por que motivo se vendem armas letais àqueles que têm em mente infligir sofrimentos a indivíduos e sociedade? Infelizmente a resposta, como todos sabemos, é apenas esta: por dinheiro; dinheiro que está impregnado de sangue, e muitas vezes sangue inocente” (Foto: Drew Angerer/EPA)
EUA – ONU setembro 2015. “Os organismos financeiros internacionais devem velar pelo desenvolvimento sustentável dos países, evitando uma sujeição sufocante desses países a sistemas de crédito que, longe de promover o progresso, submetem as populações a mecanismos de maior pobreza, exclusão e dependência”, declarou o Sumo Sacerdote. Lembrou ainda que “a crise ecológica, juntamente com a destruição de grande parte da biodiversidade, pode pôr em perigo a existência da espécie humana” e que a defesa do ambiente, a par da luta contra a exclusão “exigem o reconhecimento duma lei moral inscrita na própria natureza humana, que inclui a distinção natural entre homem e mulher e o respeito absoluto da vida em todas as suas fases e dimensões” (Foto: EPA)
Quénia, Uganda e República Centro-Africana Novembro 2015. “A experiência demonstra que a violência, os conflitos e o terrorismo se alimentam do medo, da desconfiança e do desespero que nascem da pobreza e da frustração”, afirmou o Pontífice no Quénia. Pediu ainda uma “justa distribuição dos recursos naturais e humanos” e um olhar especial para com as “necessidades dos pobres e as aspirações dos jovens” (Foto: Uhuru Kenyatta/EPA)
Cuba Fevereiro de 2016. Papa Francisco e o chefe da Igreja Ortodoxa Russa, Cirilo, encontraram-se em Havana. No final deste primeiro encontro, os dois líderes pediram, numa declaração conjunta, à comunidade internacional a “ação urgente para prevenir nova expulsão dos cristãos do Médio Oriente” e o esforço possível “para pôr fim ao terrorismo valendo-se de ações conjuntas e coordenadas”
México Fevereiro 2016. A corrupção, o tráfico de drogas e a violência têm dominado os discursos da visita oficial ao México. “A experiência diz-nos que cada vez que seguimos o caminho de privilégios e benefícios para poucos em detrimento do bem de todos, mais cedo ou mais tarde a sociedade torna-se um solo fértil para corrupção, tráfico de drogas, exclusão de culturas diferentes, violência e também tráfico de pessoas, sequestro e morte”, afirmou, lembrando que este não é o país que “Nossa Senhora quer” (Foto: Alessandro di Meo/Reuters)
Colômbia 2017. Para o ano, a Colômbia será um dos destinos do Pontífice, mas tal só deve acontecer mediante o cumprimento da condição de ser assinado o acordo de paz entre o governo colombiano e os guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Foto: Edgard Garrido/Reuters)

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Dos refugiados aos indígenas, da pobreza à falta de justa distribuição de bens, da venda de armas ao apelo pela paz e pela vida, o Papa Francisco tem feito das suas viagens internacionais um verdadeiro palco para vincar as desigualdades e injustiças, sem temer líderes ou contestação.

No fim da visita ao México, na qual o combate ao narcotráfico constituiu o principal eixo da mensagem, é tempo de recordar outras denúncias feitas pelo Sumo Pontífice e perceber que a luta pelas causas sociais vai continuar a dominar o seu discurso.