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As Rainhas “Magas” de Portugal

D. Leonor Teles, a Aleivosa. foi provavelmente a pior Rainha de Portugal, sendo odiada pelo povo. Foi a última Rainha da primeira dinastia. No entanto Leonor é merecedora de nota por ser uma rainha fora do padrão, já que tinha sido casada e era já mãe de um filho quando se casou com D. Fernando. Apesar de pertencer a uma família nobre D. Leonor nunca foi o modelo de castidade e virtudes que se exigiam às mulheres da época.
D. Isabel de Aragão, Rainha Santa Isabel. Nascida em 1271 em Saragoça, Espanha, tornou-se Rainha de Portugal com apenas 11 anos, em 1282, devido ao casamento com D.Dinis. Ficou conhecida pela sua grande devoção e dedicação aos mais desfavorecidos. Na História ficou conhecida pelo milagre das rosas, que lhe valeu a única canonização da realeza portuguesa. Mandou ainda edificar hospitais em Coimbra, Santarém e Leiria e albergarias para mulheres. Imagem: DR
D. Inês de Castro, foi a espanhola que roubou o coração a D. Pedro I, dando origem ao romance mais trágico da coroa portuguesa. D. Inês nasceu na Galiza mas tornou-se aia da Rainha D. Constança Manuel, casada com D. Pedro, de quem se viria a tornar amante. Quando a Rainha morreu D. Pedro foi viver com D. Inês provocando um escândalo em toda a corte. D. Afonso IV que não aprovava a união, mandou executar a dama galega em 1355. D. Pedro subiu ao trono em 1357 e nesse altura proclamou D. Inês de Castro rainha de Portugal e legitimou os filhos dos dois. Imagem: DR
D. Filipa de Lencastre (1360-1415), nasceu em Inglaterra e em 1386 casou com D. João I, o Mestre de Avis. O casamento aconteceu no Porto e foi um passo diplomático fundamental para estreitar de relações entre Portugal e Inglaterra. D. Filipa era adorada pelo povo e ficou conhecida pela sua dedicação ao reino e à família, sendo mãe dos infantes mais conhecidos de Portugal, a ínclita geração. Imagem: DR
D. Leonor de Lencastre nasceu em 1458 em Beja, tendo-se casado em 1470 com o seu primo D. João II (eram ambos bisnetos de D. João I e D. Filipa de Lencastre). Quando o Rei morreu em 1495, ficou conhecida por "Rainha Velha" e dedicou a sua viuvez a obras de caridade, tendo sido a responsável pela criação das Misericórdias. Imagem: DR
D. Maria I, "A Louca". (1734-1816) Esta rainha nasceu em 1734 em Lisboa. Tornou-se Rainha de Portugal em 1777 após a morte de seu pai D. José. O seu reinado ficou marcado pela Viradeira, período que acabou com o poder de Marquês de Pombal e um regresso ao poder da nobreza e da Igreja. das suas obras destacam-se a fundação da Casa Pia. A Rainha morreu louca no Convento do Carmo no Rio de Janeiro. Imagem: DR
D. Maria II, era filha de D. Pedro I do Brasil, que em Portugal era D. Pedro IV. O conflito gerado por a corte estar no Brasil e não em Portugal, levou o rei a abdicar do trono em favor da sua filha D. Maria, quando esta tinha apenas 6 anos. D. Maria foi Rainha em dois períodos primeiro: de 1926-1928 e posteriormente de 1834-1853. Em 1852 a Rainha aboliu a pena de morte para os presos políticos. Imagem: DR
D. Amélia foi a última Rainha de Portugal. Nasceu em 1865 em Inglaterra, tendo-se casado com D. Carlos I em 1887. Partilhava com o marido amor pelas artes e o gosto pela caça. Durante o seu Reinado dedicou-se bastante aos tuberculosos. Entre as suas obras públicas mais conhecidas está o Museu dos Coches. D. Amélia estava presente no regicídio que vitimou D. Carlos e D. Luís. Em 1910, com a implantação da República a Rainha foi para o exílio, regressando a Portugal apenas de visita em 1945. Imagem DR

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Em dia de Reis Magos, lembramos algumas das Rainhas mais importantes da História de Portugal. O nosso país foi reinado sobretudo por homens mas tivemos algumas rainhas de grande importância.

Na galeria irá encontrar mulheres que exerceram o seu poder, umas de forma pública, outras de maneira mais privada. Todas elas ajudaram a traçar o retrato do país, umas pelos seus atos de caridade, outras por transformações culturais, mas também por atos de verdadeira diplomacia e política.

Ao todo são oitos as mulheres que destacamos neste dia de Reis, que dedicamos às Rainhas. E se Melchior, Baltasar e Gaspar mereciam ser chamados de Magos, pela sua sabedoria e inteligência, também estas Rainhas merecem o mesmo título.

Rania da Jordânia. Mais do que uma rainha, uma celebridade