Afinal, quem dá mais mimo, quem está, em média, mais presente? Estudo revela que as avós maternas, as mães das mães, estão mais presentes e são mais generosas nas ofertas do que as paternas, ou seja, as mães dos pais.
A matéria, admitimos, reveste-se de alguma polémica e é capaz de vir a gerar discussão em casa, sobretudo num momento como o desta quarta-feira, 26 de julho: dia dos Avós. Porém, esta foi a conclusão de um estudo que auscultou 1478 adolescentes crianças dos 11 aos 16 anos. A esta amostra de adolescentes da Inglaterra e do País de Gales foi perguntado com que frequência estavam com cada avó, quem cuidava, quem dava mais presentes e em que montantes.
As respostas revelam, segundo a análise intitulada Filling the Parenting Gap? Grandparent Involvement With U.K. Adolescents [Preencher a Lacuna Parental? Envolvimento dos Avós com adolescentes do Reino Unido], que este campeonato é liderado pela avó materna, a mais generosa e presente. Segue-se-lhe depois, neste ranking, o avô materno. A mãe do pai segue em terceiro lugar, o avô paterno na quarta posição.
Já amplamente fundamentado pela ciência, é sabido que as avós têm um forte instinto para proteger os seus netos e estão biologicamente bem equipadas para criar fortes laços intergeracionais.
Numa outra análise, levada a cabo por investigadores da Emory University, na Geórgia, Estados Unidos da América e que mapearam, através de ressonância magnética funcional (MRI) os cérebros de 50 avós, ficaram evidentes as alterações neurológicas registadas quando uma avó vê um neto.
“Quando o neto expressa alegria, elas sentem alegria. Quando ele expressa angústia, elas sentem angústia”, disse o antropólogo e neurocientista James Rilling, autor principal do estudo. “Elas ativavam zonas do cérebro que estão envolvidas na empatia emocional e outras no movimento“, detalhou.
As mesmas regiões do cérebro também são ativadas no das mães, o que é interpretado como estando vinculado a um instinto que as faz entender o filho ou interagir com ele.