Brinquedos: Venda de bonecas cai a pique no primeiro semestre de 2021

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[Fotografia: Sigmund/Unsplash]

As vendas de brinquedos caíram no primeiro semestre deste ano, em Portugal, e para uma quebra na ordem dos 9,4 milhões de euros. Entre o segmento que mais caiu, destaque para as “Bonecas”, que registaram uma perda na ordem dos 33%, mesmo com uma redução do preço médio, seguido de Jogos & Puzzles (26%) e figuras de ação (23%).

Por oposição, a venda de “eletrónicos” subiu na ordem dos 10%, sendo a única categoria a ter variante positiva.

Os dados da GfK Portugal constam do estudo Principais tendências do mercado de brinquedos em Portugal no 1.º semestre de 2021 e que foi divulgado esta quarta-feira, 13 de outubro. “A categoria “Bonecas” perde relevância no mercado nacional e deixa de ser a mais importante, caindo de 19% para 15,8%. “Construções” passa a ser a categoria com maior peso, com 17,1% (vs 14,5% no primeiro semestre de 2020). Destaque, também, para o aumento de quota da categoria de “Desporto & Ar Livre” e da queda de quota de “Jogos & Puzzles”, lê-se no comunicado enviado às redações.

A mesma nota vinca que “o mercado de brinquedos em Portugal apresentou uma quebra de 9,4 milhões de euros no primeiro semestre de 2021, registando-se uma variação negativa de 19% em relação ao mesmo período do ano passado”.

Entre as razões elencadas para este tropeção está o facto, refere a entidade, da “queda acentuada da venda de brinquedos na época da Páscoa”, que “em muito contribuiu para este resultado, já que a grande distribuição não estava permitida a vendê-los, devido ao contexto pandémico”.

E se, na generalidade, os preços médios no segmento subiram “cerca de 1,6%, atingindo os 11,9 milhões de euros, alavancado sobretudo por “Veículos” e “Construções”, tal não foi transversal. “Bonecas” e “Infantil & Pré-Escolar” diminuíram.

Para esta análise foram auditadas mais de duas mil lojas, que colaboram num painel com uma periodicidade mensal (de janeiro a setembro) e semanal (de outubro a dezembro (semana 40 à semana 52), Páscoa (2 semanas) e o Dia da Criança (2 semanas)). A amostra inclui os principais retalhistas que vendem brinquedos em Portugal, nos diferentes canais, como hipermercados, supermercados, especialistas em brinquedos, cadeias de eletrodomésticos, entre outros, refere a GfK Portugal.