Quatro jovens, que gritaram palavras de ordem pela “ação climática”, interromperam esta quarta-feira, 19 de abril, a sessão de abertura das comemorações dos 50 anos da fundação do PS na Alemanha e foram logo retirados da sede nacional deste partido.
Neste rápido protesto, três raparigas, entre os quatro jovens, mostraram as nádegas, onde estava escrita a palavra “ocupa”.
O incidente ocorreu depois de o líder socialista, António Costa, ter inaugurado na sede nacional do PS, em Lisboa, uma exposição intitulada Os cartazes do Partido Socialista: uma história para o futuro, e de se ter lançado um do selo oficial alusivo ao cinquentenário da fundação deste partido.
Logo após o coordenador das comemorações dos 50 anos do PS, José Manuel dos Santos, ter concluído o seu discurso, os quatro jovens surpreenderam os socialistas presentes na sessão ao começarem a gritar palavras de ordem.
“Celebrar o quê? Não há planeta B”, disseram, num momento em que também baixavam as calças. Os jovens foram retirados da sede nacional do PS por elementos da segurança da PSP, tendo sido posteriormente identificados.
No total foram identificados os quatro jovens que se colocaram em pé para gritar e um quinto elemento que estava a filmar a ação de protesto.
Antes deste incidente, além de José Manuel dos Santos, tinha discursado o secretário-geral adjunto do PS, João Torres.
Num comunicado que este grupo de jovens divulgou a seguir à sua ação de protesto, refere-se que esta ação aconteceu “uma semana antes do início das ocupações estudantis de mais de 10 escolas e universidades pelo país, e três semanas antes da ação de bloqueio do terminal de gás natural, em Sines”.
De acordo com os estudantes, “o PS não devia estar a celebrar, mas sim a fazer um plano compatível com os prazos ditados pela ciência climática para acabar com os combustíveis fósseis e pôr em marcha uma transição justa para as pessoas”.
“Os governos estão há muito a mandar o nosso futuro para o lixo num planeta em chamas. E sabemos que o vão continuar a fazer porque o que os move é o lucro”, acusa-se no mesmo comunicado.