Publicidade Continue a leitura a seguir

Como Michelle Obama roubou o título de mulher mais admirada a Hillary

Percorra a galeria de imagens e veja 25 lições de vida que retirámos através da leitura da Biografia de Michelle Obama. Entre outras coisas, veja como um cigarro poderia ter arruinado a relação entre o casal Obama.
1 – As crianças são apenas isso: crianças. E não sabem o que o futuro lhes reserva - “ Costumava dizer a toda a gente que quando crescesse seria pediatra (…) Era ambiciosa, embora não soubesse exatamente o que me propunha atingir. Hoje em dia considero que se trata de uma das perguntas mais inúteis que um adulto pode fazer a uma criança: «o que queres ser quando fores grande?» Como se crescer fosse finito. Como se a dada altura nos tornássemos algo, e isso fosse o fim da conversa”. Página 13
2 – É importante assumirmos as nossas origens - “A nossa história é o que temos, o que teremos sempre. É algo que devemos assumir como nosso.” Página 15
3 – A persistência leva-nos longe - “ A Deneen mostrava-se sempre simpática, mas a DeeDee parecia não gostar de mim. Desconheço o motivo (…) comecei a desanimar. Estava ciente de que tinha alternativas. Podia continuar a ser a rapariga recém-chegada ao grupo que estava mesmo a jeito para se fazer troça, podia desistir de ir a Parkwai e simplesmente voltar para casa para juntos dos meus brinquedos, ou podia tentar ganhar o respeito da DeeDee” Página 44
4 – O lema de vida que todos deveríamos ter - “ A moral: na vida, há que controlar aquilo que podermos controlar.” Página 54
5 – O Empowerment feminino importa - “(...) O início de um hábito que me tem sustentado ao longo da vida: ter um grupo de amigas íntimas bem-dispostas - porto de abrigo de sabedoria feminina.” Página 64
6 – O fracasso torna-se real quando acreditamos nele - “ O fracasso é um sentimento muito antes de se tornar um resultado real.” Página 65
7 – A educação importa e transforma-nos: “ A minha mãe tinha o tipo de mentalidade parental que hoje reconheço como brilhante e quase impossível de imitar: (…) a minha mãe era pura e simplesmente equilibrada. Não emitia juízos de valor imediatos e não era de se intrometer (…) elogiava-nos apenas o suficiente para que soubéssemos que estava feliz connosco, e nunca a ponto de isso se tornar a motivação por detrás do que tínhamos feito. «Não estou a criar bebés, estou a criar adultos», dizia-nos. Tanto ela como o meu pai davam diretrizes em vez de regras.” Página 69
8 – O poder de adaptação é real e necessário na vida - “Nunca tinha estado em destaque numa multidão ou numa sala de aula por causa da minha cor de pele. Como em tudo na vida, porém, temos de aprender a adaptar-nos.” Página 97
9 – A insegurança é uma variável comum a todas as mulheres: “Na ida a pé para minha casa, na Euclid, à noite, levava a chave da porta presa entre os nós dos dedos e virada para cima, para o caso de precisar de me defender.” Página 97
10 – O medo é um obstáculo e há que conseguir superá-lo - “«Deixa-te disso e vive a vida»” Página 104
11 - Superarmos-nos a nós mesmas é mais importante do que superar os outros - “Aliava os meus objetivos, analisava os meus resultados, contabilizava as minhas vitórias. Se houvesse um desafio a ultrapassar, ultrapassava-o. Uma situação que me pusesse à prova apenas dava acesso à próxima. Assim era a vida de uma rapariga que não consegue parar de se questionar «Serei suficientemente boa?» e ainda está a tentar mostrar a si própria a resposta.” Página 116
12 – Não nos devemos preocupar com a opinião dos outros - “Esse é capaz de ser o principal problema de nos preocuparmos muito com a opinião dos outros: pode por-nos num caminho já estabelecido (…) e mantém-nos nele durante muito tempo. Se calhar impede-nos de fazer um desvio (…)” Página 120
13 - No amor, nem tudo é racional - “(…) não pensei nele nem uma única vez como alguém com quem gostaria de namorar. Em primeiro lugar, porque era a sua mentora no escritório (…) e, por fim, porque, para meu grande choque, no final do almoço o Barack acedeu um cigarro, o que teria sido suficiente para deitar por terra qualquer interesse que pudesse ter tido”. Página 127. Fotografia: Reuters
14 – Como o irreal se pode tornar realidade - “Para mim, ele [Obama] era uma espécie de unicórnio – tão raro que parecia quase irreal” Página 142
15 – Antes de existirem os telemóveis, já existia amor - “Restava-nos o telefone. Convém não esquecer que estávamos em 1989 e que não tínhamos o telemóvel no bolso. Não podíamos enviar mensagens escritas; não havia emojis que substituíssem um beijo.” Página 149
16 – O luto pode mudar a nossa perspetiva sobre a vida - “Perder o meu pai exacerbou a minha sensação de que não havia tempo para ficar sentada a ponderar o que faria na vida. O meu pai tinha apenas 55 anos quando morreu. A Suzanne tinha 26. A lição a retirar daí era simples: a vida é breve e não deve ser desperdiçada” Página 178
17 – Aprendizagens que ninguém nos conta até as vivermos: “Se fosse começar um ficheiro sobre coisas que ninguém nos fala até as vivermos, podia começar pelos abortos. O aborto é uma experiência solitária, dolorosa e desmoralizante, quase a nível celular. A passar por isso, tendemos a confundi-lo com um fracasso pessoal, que não é” Página 221
18 – Numa relação a dois não existe validação de um só lado: “De início, o Barack mostrou-se relutante em experimentar a terapia conjugal (…) O que aconteceu foi uma grande revelação para mim a respeito da terapia: não havia validação. O psicólogo não tomava partido. No que respeitava às nossas queixas, o doutor Woodchurch nunca dava o seu voto.” Página 240 e 214
19 – Nenhuma mulher depende de um homem para ser feliz - “Comecei a perceber que estivera a alimentar as partes mais negativas de mim mesma (…) Experimentei então uma nova hipótese: era possível ser mais responsável para minha felicidade do que me estava a permitir ser.” Página 241
20 – A vida não começa quando o homem chega a casa - “Estava de acordo com o meu desejo de que crescessem fortes [as filhas], com pontos de referência e sem tolerância para com qualquer forma de patriarcado à moda antiga: não queria que elas pensassem que a vida começava quando o homem da casa chegava. Nós não esperávamos pelo pai. Cabia-lhe a ele chegar a horas de estar connosco.” Página 242
21 – As mulheres são, muitas vezes, as que mais criticam outras mulheres: “Achei estranho e triste que uma crítica tão dura viesse de outra mulher que tinha uma carreira, uma mulher que não se dera ao trabalho de me conhecer mas tentava agora moldar a minha história” Página 278 e 279
22 – A forma como olhamos para as coisas influencia o que vemos - “(...) foi uma questão de perceção: a forma como decidimos olhar para o que estava à nossa frente. Eu e o Barack estávamos concentrados apenas nas nossas falhas e insuficiências, e vimo-las refletidas naquela sala sem graça e naquela festa improvisada [aniversário da filha]. Todavia, a Malia procurava uma coisa diferente. E viu-a.” Página 310
23 – Isto é o que é preciso para se proteger um Presidente e ninguém sabe: “(...) tinha percebido que a sua proteção só estava parcialmente visível. Não sabia que ele teria sempre um helicóptero por perto, a postos para o evacuar, que havia atiradores posicionados em telhados nos percursos que ele fazia, que seria sempre acompanhado por um médico pessoa, para o caso de ter um problema de saúde, ou que o veículo onde se deslocava continha uma reserva do seu tipo de sangue se alguma vez precisasse de uma transfusão.” Página 326
24 – Mesmo no luxo, as crianças devem ser educadas dentro da normalidade possível - “À minha maneira, tentei aligeirar o protocolo daquele lugar. Deixei claro à equipa dos serviços domésticos que, como acontecia em Chicago, as nossas filhas fariam a cama todas as manhãs. Também dei instruções à Malia e à Sasha para se comportarem como sempre: para serem educadas e simpáticas e para não pedirem mais do que necessitavam ou não podiam obter sozinhas.” Página 344
25 – O poder não deve ser usado para desfavorecer os mais fracos: “A dominação, mesmo a ameaça dela, é uma forma de desumanização. É a forma mais feia de poder” Página 451, sobre os discursos de Donald Trump

Publicidade Continue a leitura a seguir

Não pode vir mais a propósito, podem pensar os que querem ver Michelle Obama à frente dos destinos da Sala Oval. Numa altura em que surgem ecos em torno de uma eventual candidatura à Casa Branca, em 2020, a ex-primeira-dama dos Estados Unidos da América (EUA) e mulher de Barack Obama – que nega a intenção de se fazer à corrida política – acaba de se consagrar a mais admirada mulher do país.

Numa sondagem realizada pela empresa de estudos de opinião Gallup e divulgada na quinta-feira, 27 de dezembro, Michelle, de 54 anos, emerge como a mulher mais estimada pelos seus concidadãos, destronando a, até hoje, inabalável Hillary Clinton, com 71 anos.

Ora, esta já tinha aberto a porta à possibilidade de voltar a concorrer à presidência dos EUA – depois de ter perdido para Donald Trump – mas esta ultrapassagem de Michelle pode bem vir a dar novas indicações do caminho que os democratas podem seguir a breve trecho. Mas como é que ela conseguiu?

Um conto de fadas incompleto, Trump e as mulheres

Um livro e umas tantas revelações em torno de uma vida real que parece maravilhosa, mas que é, afinal, cheia de altos e baixos, consolidaram ainda mais o poder e influência de Michelle Obama junto dos cidadãos norte-americanos.

Capa do livro de memórias de Michelle Obama, ex-primeira dama dos Estados Unidos da América [Fotografia: DR]
A obra biográfica Becoming – A Minha História, lançada em novembro, é já a mais vendida do ano e conta detalhes que só tornam a advogada ainda mais próxima de todos.

Relatos que, à boleia do divulgação, não escondem, por exemplo, tratamentos de fertilidade, aborto e terapia de casal para salvar o casamento. O reconhecimento do medo, da insegurança e da superação foram também alguns dos desabafos que a ex-primeira-dama incluiu numa obra que, mostrando uma vida aparentemente perfeita, a tornou tão real como o seu público. Na galeria acima pode reler as 25 lições que Michelle escreveu em Becoming.

As guerras diretas com o atual presidente Trump, com duras críticas vertidas na obra, e a luta em prol das mulheres, um tema consistente ao longo do ano, projetaram ainda mais Michelle, sobretudo num ano de eleições intercalares norte-americanas nas quais o sexo feminino se impôs.

A todos estes combates e relatos juntam-se os momentos mais particulares em que a mulher de Barack Obama se assume como um ícone de estilo, de moda e glamour, consolidando influência numa outra esfera. Michelle tem estado, ao mesmo tempo, envolvida em pormenores curiosos com figuras públicas mundialmente acarinhadas. Quem não se lembra dos conselhos recentes que Michelle deixou a Meghan Markle, duquesa de Sussex grávida à espera do primeiro filho do príncipe Harry? Quem não sorriu com os desabafos do primeiro encontro com a rainha Isabel II?

Adeus consagração com 17 anos

De volta ao estudo de opinião norte-americano, Michelle tomou de assalto o ranking de popularidade e admiração e afastou do primeiro lugar uma mulher, Hillary Clinton, que não arredava pé da posição cimeira há 17 anos.

Hillary Clinton [Fotografia: DR]

A mulher de Bill Clinton somava, até ao momento, 22 lideranças, sendo a recordista. O topo do pódio foi dela em 1993, 1994, ide 1997 a 2000 e de 2002 a 2017.

Na tabela de 2018, Oprah Winfrey ocupa segunda posição, seguida, então, de Hillary e de Melania Trump, atual primeira-dama dos EUA e mulher de Donald Trump.

Imagem de destaque: DR

O recado de Michelle Obama para Trump: “Qual é o teu problema?”