Covid-19: Vacinas oferecem maior proteção do que infeção anterior

Covid-19: Fim de semana de vacinaÁ„o de jovens de 16 e 17 anos
Adolescentes no Centro de Vacinação de Loures durante o fim de semana de vacinação de jovens de 16 e 17 anos, no Pavilhão António Feliciano Bastos, em Loures , 14 de agosto de 2021. RODRIGO ANTUNES/LUSA

As vacinas contra a covid-19 oferecem maior proteção do que imunidade resultante de uma infeção anterior, de acordo com um estudo divulgado esta semana pelo Centro de Controlo e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos.

Pessoas não vacinadas que foram infetadas meses antes têm cinco vezes mais probabilidades de contrair covid-19 do que as pessoas com vacinação completa e sem infeção anterior, conclui-se a partir dos dados fornecidos hoje por aquela autoridade de saúde norte-americana.

“Estes dados mostram, com bastante ênfase, que as vacinas conferem maior proteção contra as formas sintomáticas da covid-19″, afirmou um médico especialista em doenças infecciosas, Mike Saag, da Universidade do Alabama, em Birmingham, que não esteve envolvido no estudo.

A pesquisa analisou dados de quase 190 hospitais em nove Estados e os investigadores analisaram cerca de sete mil pacientes adultos que foram hospitalizados este ano com doenças respiratórias ou sintomas semelhantes aos da covid-19.

Cerca de seis mil desses pacientes foram totalmente vacinados com as injeções da Moderna ou da Pfizer, entre três e seis meses antes do internamento hospitalar, enquanto outros mil não foram vacinados, mas tinham sido infetados com covid-19 no mesmo período temporal.

Cerca de 5% dos pacientes vacinados tiveram teste positivo ao SARS-CoV-2, contra cerca de 9% dos pacientes do grupo não vacinado.

Os investigadores consideraram ainda outros dados, como a idade e a intensidade da circulação do vírus em diferentes áreas para concluir que o grupo não vacinado corria um risco maior de contrair a doença.

O estudo suporta algumas investigações anteriores, incluindo pesquisas que encontraram níveis mais elevados de anticorpos em pacientes vacinados do que noutros que tinham contraído a doença.

Ainda segundo os investigadores, não foram recolhidos dados suficientes para chegar a qualquer tipo de conclusão sobre as vacinas da Johnson & Johnson.