Demi Lovato não passava “uma hora sem consumir cocaína”

Demi Lovato tem 23 anos
Demi Lovato tem 23 anos

Sóbria há quatro anos, Demi Lovato recordou, numa entrevista emotiva ao site feminino Refinery29, que durante o período mais negro da sua adolescência, altura em que lutou contra uma forte dependência de álcool e drogas, não conseguia passar “uma hora sem consumir cocaína”.

Nessa fase, limitava-se a “ignorar” os seus pais e a relembrá-los constantemente de que era ela quem pagava as contas. “Antes de ficar sóbria, eu era uma daquelas pessoas que se estava a lixar para tudo e usava isso como desculpa para fazer o que quisesse. Era um pesadelo trabalhar comigo”, reconheceu.

Agora com 23 anos, e aparentemente saudável, Lovato explica que mudar radicalmente o seu estilo de vida não foi algo fácil de alcançar. “Tive que aprender da forma mais difícil que já não podia ir a festas. Algumas pessoas conseguem sair à noite sem se sentirem tentadas, mas esse não é o meu caso”.

O que ainda a entristece, confessa, é que ainda muitas pessoas duvidam da sua capacidade de permanecer sóbria. “Ainda sou subestimada… Ainda tenho coisas para provar, e não apenas em relação ao que consigo fazer com a minha voz. Algumas pessoas pensam que, porque sou jovem, não consigo permanecer sóbria”.

No decorrer da entrevista, a antiga estrela da Disney falou ainda sobre o apoio que tem demonstrado à sua amiga e colega Kesha, durante a batalha judicial desta contra a Sony e o produtor Dr. Luke, acusado de violar a intérprete de ‘Tik Tok’. “Infelizmente, ainda há muito sentimento de vergonha depositado nas vítimas que se chegam à frente para dizerem que foram violadas, sexualmente abusadas”, lamenta.

A sua relação conturbada com Taylor Swift, com quem já entrou em picardia no Twitter, também não passou ao lado da conversa. Lovato limitou-se a condenar a forma como as mulheres da indústria pop são frequentemente viradas umas contra as outras, por interpretação errada dos media e das redes sociais. “Não há nada de bom em opor as mulheres umas às outras. Há mulheres com quem não me dou bem, e não há mal nisso. Não digam que são feministas se depois não fazem o trabalho todo”, disse a cantora, admitindo ainda ter “um imenso respeito por mulheres como a Lena Dunham ou a Beyoncé, que fazem fantásticas declarações políticas através do seu trabalho”.