Deputadas apoiam Meghan Markle contra notícias em “tom colonial”

Prince Harry, The Duke of Sussex with Meghan Markle the Duchess of Sussex meet young people from a number of mental health projects operating in New Zealand, at the Maranui Cafe in Wellington
Fotografia de Ian Vogler/Reuters

Mais de 70 mulheres deputadas oriundas de vários quadrantes políticos britânicos assinaram uma carta aberta na qual condenam o tratamento mediático que tem sido dado à duquesa de Sussex, Meghan Markle, e falam mesmo no recurso a um “tom colonial desatualizado”.

Na mesma missiva citada pelo jornal The Guardian, aquelas parlamentares invocam as histórias “muitas vezes enganosas e desagradáveis” que são publicadas, considerando que este tipo de comportamento “tem de ser contestado”.

Recorde-se que o príncipe Harry se tinha já manifestado sobre este ‘ataque’ num recente documentário emitido no canal ITV e que acompanhou os duques de Sussex na viagem de Estado que fizeram a África. Nesse mesmo trabalho, Meghan Markle revelou que os amigos a tinham avisado dos ataques da imprensa a que seria sujeita. Testemunhos que preocuparam os duques de Cambridge, Willlliam e Kate Middleton.

“Como mulheres deputadas de todas as correntes políticas, queremos expressar a nossa solidariedade no combate contra contra a natureza muitas vezes desagradável e enganosa das histórias impressas em vários jornais nacionais a seu respeito e à sua família”, lê-se na carta aberta.

“Embora sejamos também mulheres com uma vida pública, ela é exercida de uma forma muito diferente da sua [duquesa], compartilhamos a compreensão relativamente aos abusos e intimidações que agora são tão frequentemente usados como um meio de depreciar as mulheres nos cargos públicos”, escrevem ainda as 70 deputadas.

Esperam, com esta iniciativa, que os “media nacionais tenham integridade para saber quando uma história é do interesse nacional e quando procura derrubar uma mulher sem motivo aparente”. Por isso, no mesmo documento fica claro que as deputadas anunciaram que usarão “os meios à disposição para garantir que a imprensa respeite o direito à privacidade e mostre respeito, e que suas histórias reflitam a verdade”.

CB

Imagem de destaque: Ian Vogler/Reuters