Desinfetantes, ambientadores e cosméticos em spray ‘contaminam’ o ar de casa com nanopartículas, diz estudo

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[Fotografia: Pexels/Karolina Gabrowska]

A análise decorreu num laboratório fechado e com ar controlado contendo carpetes e pisos de vinil. O mesmo espaço foi ainda controlado por uma câmara para observar o comportamento dos produtos com nanopartículas.

Foram pulverizados neste espaço sete produtos com nanopartículas de prata, zinco e cobre e, posteriormente, um robô simulou os passos de uma criança no chão naquele espaço sujeito a soluções de limpeza de chão e de calçado, ambientadores e cosméticos em spray.

A equipa de cientistas descobriu que as crianças têm uma exposição maior às concentrações de partículas do que os adultos. No ar, tal depende do produto utilizado, sendo que grande parte fica suspenso entre um metro a um metro e meio do chão, expondo os menores a maior risco.

Os testes, publicados na revista Science of The Total Environment, pretendem “ajudar-nos a compreender as exposições resultantes e apoiar estudos futuros sobre a redução da exposição humana a nanopartículas resultantes destas partículas”, pede o professor do departamento de ciências ambientais da Rutgers School of Environmental and Biological Sciences, de Nova Jersey, Gediminas Mainelis.

Apesar de os estudos sobre exposição a longo prazo de nanopartículas serem ainda limitados, sabe-se que estes elementos podem, uma vez no chão, voltar a recircular pelo ar e dispõem de propriedades incomuns. Por exemplo, alguns possuem fortes propriedades magnéticas, outros conduzem calor ou eletricidade com mais eficiência, enquanto outros ainda refletem a luz ou mudam de cor.