
As autoridades policiais detiveram 233 pessoas por crimes sexuais, dos quais 117 homens e cinco mulheres por abuso sexual de crianças e 45 por violação, segundo o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) de 2016 divulgado no final da semana.
O RASI refere que a maioria das vítimas (81,3%) continuam a ser as mulheres e os homens os agressores (95,7%), enquanto prevalecem (42,3%) as relações familiares entre agressor e vítima.
No que se refere aos inquéritos iniciados pela Polícia Judiciária, 43% foi por suspeitas de abusos sexuais de crianças, seguindo-se 18,1% por pornografia de menores e 14,7% por violação.
A maioria das vítimas tem entre os oito e os 13 anos (61,1%), e os arguidos entre os 31 e os 40 anos (18,7%). De realçar que 6,1% dos arguidos alvo de inquérito têm 70 ou mais anos (6,1%).
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Quanto ao crime de violação, que em 2016 registou menos 40 casos o que representa uma descida de 10,7%, a quase totalidade dos arguidos continua a ser do sexo masculino (97,3%) e as vítimas continuam a ser as mulheres (90,5%).
A maior incidência dos arguidos por violação está na faixa etária dos 21 aos 30 anos (26%), seguida dos 31-40 anos (22,7%).
O RASI 2016 indica que a criminalidade geral baixou 7,1% face a 2015 e os crimes violentos e graves diminuíram 11,6%.