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Dia da Poupança: Divorciadas e viúvas são as mais endividadas

1. Os especialistas aconselham a poupar sempre uma parte do salário (por mais pequena que seja) para fazer face a imprevistos, como o desemprego. Juntar entre três a seis salários é a quantia ideal. Abra uma conta poupança para lá depositar, todos os meses, um valor fixo. Faça essa transferência, de forma manual ou automática, no dia em que receber o vencimento e mantenha-se fiel
2. Se tiver vários créditos e estiver numa situação de sobre-endividamento, a consolidação dos vários empréstimos num único pode ajudar a baixar os encargos mensais
3. Opte por realizar operações bancárias pela internet. São quase sempre mais baratas do que se for ao balcão, onde paga comissões mais elevadas.
4. Use o cartão de crédito no período em que ainda não paga juros (normalmente entre 20 a 50 dias). O limite do cartão de crédito deve ser de, no máximo, metade do seu salário. Evite ter mais do que um cartão de crédito.
5. O automóvel pode tornar-se um luxo muito caro no dia-a-dia: combustível, revisões ou avarias inesperadas. Procure alternativas – ande a pé, de transportes públicos ou então, se preferir mesmo o carro, procure juntar-se a outros colegas de trabalho para dividir as despesas
6. Se paga a mensalidade do ginásio e raramente lá vai é dinheiro mal gasto. Existem outras opções: faça caminhadas, pesquise a agenda cultural da cidade e inscreva-se nas aulas de ioga no jardim ou outros treinos gratuitos que estão constantemente a surgir. Estão espalhados pela cidade vários pontos de encontro de corredores
7. Há truques para poupar nas contas mensais da água, gás e luz. Por exemplo, poderá trocar o seu tarifário para bi-horário; substituir velhas lâmpadas por outras economizadoras, pois estas consomem até 80% menos e duram em média cinco vezes mais do que as outras. Evite deixar os aparelhos eletrónicos ligados, mesmo em ‘stand by’, pois gastam energia
8. Não consegue resistir a uma compra impulsiva? Faça as contas para determinar quantas horas de trabalho é que o preço dessa compra vai implicar
9. Vê os mais de 100 canais disponibilizados pelo seu serviço de televisão por cabo. Faça uma lista dos canais mais vistos, reveja os pacotes oferecidos pelas operadoras e atualize o seu contrato
10. Prefira a utilização de dinheiro vivo em alternativa aos cartões. Segundo os especialistas, fazer compras a dinheiro poderá implicar uma poupança maior: vê o dinheiro a sair do bolso…e não irá gostar

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O número de pedidos de ajuda à Deco por parte de famílias sobre-endividadas aumentou entre janeiro e outubro deste ano para 26.180, um problema que afeta cada vez mais pessoas divorciadas e viúvas. Segundo os dados avançados pela entidade, são já quase metade (47%) os casos em que o pedido de ajuda vem de um agregado familiar de apenas um elemento.

A porta-voz do Gabinete de Apoio ao Sobre-endividado (GAS), Natália Nunes, frisa que “nos últimos anos eram famílias de dois a três elementos, neste momento são agregados compostos por apenas um único elemento”.

Segundo dados da Deco – Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor divulgados a propósito do Dia Mundial da Poupança, que se assinala esta quarta-feira, 31 de outubro, o número de pedidos de ajuda ao GAS em todo o ano de 2017 tinha sido menor do que em 2016, mas entre janeiro e outubro deste ano já houve mais uma centena do que em período homólogo do ano passado.

9 estratégias mesmo simples para poupar

“Registámos um aumento do número de pedidos de ajuda das famílias. Não é muito significativo face a 2017, mas a verdade é que se regista este aumento e a verdade é que no dia a dia verificamos que nos estão a chegar mais situações, tanto aqui em Lisboa como na região norte, no Porto“, disse à Lusa Natália Nunes, porta-voz do GAS.

Custos de cuidadores e maus investimentos empurram para incumprimento

A responsável apontou ainda algumas alterações registadas pela Deco relativamente aos pedidos de ajuda recebidos, sobretudo as causas, ganhando agora terreno situações como pequenos investimentos mal sucedidos (6%), o apoio aos ascendentes (5%) e a passagem à reforma (2%).

“Se é verdade que o desemprego é tradicionalmente a principal causa, embora com menor peso face ao que se verificava em 2017 (30% das situações eram causadas pelo desemprego, neste momento são 20%), há outras causas a ganharem terreno, como a questão dos negócios e investimentos mal sucedidos”, disse Natália Nunes.

Questionada pela Lusa, a porta-voz do GAS explicou que “estes pequenos investimentos são de pessoas que foram confrontadas com situações de desemprego e tomaram a iniciativa de criar o seu próprio posto de trabalho e, infelizmente, há situações que não têm corrido muito bem e que levam a que as famílias agora não tenham capacidade financeira de honrar os compromissos e nos tenham vindo pedir ajuda”. “São já 6% das causas e começa a ser significativo”, sublinhou.

Famílias pedem ajuda a tempo de resolver situação

Outra das alterações é o aumento da taxa de esforço que as prestações mensais representam no rendimento das famílias, que já tinha manifestado uma tendência crescente no ano passado — passando de 67% para 70% – e que este ano voltou a aumentar, chegando aos 72%.

“Isto significa que o peso das prestações de crédito no rendimento mensal das famílias está a aumentar e que no final do mês, em regra, falta dinheiro às famílias que nos pedem ajuda“.

Apesar dos dados negativos, a Deco realça um ponto positivo detetado no relatório, que mostra uma redução (de 55% para 49%) do crédito em incumprimento e uma subida (de 45% para 51%) do crédito regularizado. Segundo Natália Nunes, isto “significa que as famílias estão a pedir ajuda numa fase em que ainda se consegue resolver a situação, apesar de muito deste crédito estar, de facto, na iminência de entrar em incumprimento”.

Famílias chegam à Deco com cinco créditos

“Como nestes últimos tempos se tem falado tanto nas dificuldades das famílias e como há a ideia de que todas as famílias, de uma maneira ou de outra, têm sido confrontadas com algumas dificuldades, isso poderá ter contribuído para que se tenha retirado a carga negativa do facto de se pedir ajuda e isso tenha contribuído para que as famílias peçam ajuda numa fase prévia“, considera.

Os dados da Deco indicam que os pedidos de ajuda vêm sobretudo de pessoas do setor privado (43%), desempregadas. Sobre as causas do sobre-endividamento, a principal é o desemprego, que apesar de tudo baixou de 30,1% para 20%, seguido da deterioração das condições de trabalho (19%), da doença/incapacidade (15%) e da alteração do agregado familiar e o divórcio/separação (ambos com 10%).

As famílias acompanhadas pela Deco têm uma média de cinco créditos, o montante médio do crédito à habitação é de 85.000 euros, o montante médio dos créditos pessoais é 16.500 euros e o valor total dos cartões de crédito chega aos 7.500 euros.

CB com Lusa

Imagem de destaque: DR

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