Não vão estar sozinhas de segunda a sexta-feira, mas já conquistaram um lugar só delas no pequeno ecrã. Aos 39 anos, Diana Chaves foi convocada, a par de João Baião, a suceder a Cristina Ferreira, na sequência da saída abrupta desta da SIC. Maria Botelho Moniz, de 36, teve se fazer as manhãs de Manuel Luís Goucha, na TVI, quando este foi de férias. Agora, após ter dado nas vistas no Extra, do Big Brother 2020, Maria será apresentada esta quinta-feira à noite, 19 de novembro e para regressar ao horário matutino a título definitivo ao lado de Cláudio Ramos e depois de, também ela, ter deixado a sua marca.
Mas, afinal, quem são as duas mulheres que marcaram este verão quente do pequeno ecrã, deram provas das suas habilidades a solo e que parecem estar para ficar? Ambas já chegaram há uns anos, conhecem a televisão por dentro e por fora e têm em mãos um horário matutino de companhia que vale ouro. Conheça-lhes os percursos.
De colegas de canais e de cena a “rivais”
Se hoje Diana e Maria estão em estações concorrentes, elas já estiveram juntas em múltiplas ocasiões, no mesmo canal, e até nos mesmos estúdios, ainda que com destaque diferenciado. A primeira mais na linha da frente, a segunda com muito trabalho desenvolvido diante, mas sobretudo atrás do pequeno ecrã.
Mas, vamos por partes: em 2005, Diana Chaves dava nas vistas como uma das concorrentes do reality show 1ª Companhia, apresentado por Júlia Pinheiro na TVI, e Maria Botelho Moniz fazia, nesse ano, uma participação da série infantil do mesmo canal Inspetor Max. Nesse ano, já esta tinha ido e regressado de estudar artes performativas nos Estados Unidos da América e Diana provava que era muito mais do que a namorada de um ator reputado da TVI – o malogrado Rodrigo Menezes – e preparava-se para integrar o elenco da popular série juvenil de Queluz de Baixo, Morangos Com Açúcar. Foi nessa temporada, mas já em 2006, que esta atriz perdeu o seu colega e par romântico na ficção Francisco Adam num trágico acidente de viação.
Cerca de dois anos depois, as agora apresentadoras encontravam-se para vestir a pele de atrizes na ficção da SIC, que procurava o seu espaço junto do auditório e destronar a plenipotenciária TVI. Ambas integraram os elencos de Podia Acabar o Mundo, em 2008, e Laços de Sangue, em 2010. E foi nesse intervalo que tanto Diana como Maria começaram a ter as primeiras oportunidades na apresentação.
Em 2009, a agora coapresentadora de Casa Feliz, na SIC, estreava-se ao lado de Marco Horário no icónico concurso das paredes e da piscina Salve-se Quem Puder, formato da estação de Balsemão. Um ano depois, estava Maria Botelho Moniz a candidatar-se aos castings para apresentadora do Curto Circuito na SIC Radical, lugar que ocuparia em 2011 como um dos rostos do formato.
Em 2012, enquanto Diana Chaves se tornava mãe de Pilar, fruto da sua relação com o agora ex-futebolista e treinador César Peixoto, Maria Botelho Moniz prosseguia o seu trabalho na SIC e acumulava já funções de pesquisa em estreito trabalho com a Direção de Programas do canal, fazendo especiais.
João Baião. o elo de Maria e Diana
Em 2013 e 2014, Diana Chaves voltava a dar cartas na ficção, participando na novela da SIC, Sol de Inverno, e Maria Botelho Moniz começava a ser chamada para o day time do mesmo canal. Chegou a substitui Andreia Rodrigues no programa diário Grande Tarde, ao lado de João Baião.
Já em 2017, enquanto esta assumia um lugar fixo no programa de comentário social Passadeira Vermelha, primeiro na SIC Caras e depois também na emissão generalista, Chaves começava a aquecer para um dos formatos que, no final de 2018, iria começar, lentamente, a recuperar a estação e Balsemão: o reality show Casados à Primeira Vista, em que os participantes aceitavam casar-se com quem não conheciam, embora recomendados por especialistas, e procuravam segurar a união. No ano seguinte, Diana Chaves voltava ao formato dos casamentos – acumulando com a novela Golpe de Sorte – e Maria Botelho Moniz recebia, de forma consistente, o seu lugar de repórter residente de exteriores do programa de João Baião, aos sábados, Olhó Baião. Pelo meio, conduziu o programa Eu Quero Arrumar, na SIC Mulher, com reexibição na SIC, e no qual dava palco a especialistas para dar dicas para melhorar a vida dos portugueses.
Quando, em fevereiro de 2020, Maria anuncia que está de partida para o Big Brother, na TVI, Diana Chaves estava em pausa entre trabalhos, tendo integrado, em junho, o leque de apresentadores do formato em direto, Domingão. Um mês depois, esta era convocada de última hora para assumir as manhãs da SIC ao lado do, até ali, companheiro natural de Maria Botelho Moniz: João Baião.
Vidas marcadas por perdas trágicas
Tanto Diana Chaves como Maria Botelho Moniz têm vidas pessoais já marcadas por tragédias familiares de difícil superação, como as próprias têm relatado ao longo de anos em entrevistas.
Se aos 11 anos, em 1992, a agora apresentadora de Casa Feliz perdia a mãe, Maria Botelho Moniz foi confrontada com a viuvez aos 29 anos, em 2014, e a seis meses de subir ao altar com o namorado de uma década, Salvador Quintela. Nesse mesmo ano, Diana Chaves viria a assistir à morte do seu ex-namorado, Rodrigo Menezes. Em 2018, Maria Botelho Moniz voltaria a ser confrontada com a perda súbita o pai.
Tanto Diana como Maria foram chamadas a assumir, em circunstâncias especiais, um horário de difícil conquista. Ambas, atrizes e apresentadoras, surpreenderam ante o desafio que lhes foi colocado. Ao que foi possível apurar até ao momento, nem SIC, nem TVI avançam as mexidas farão nestes horários, no futuro, ou se contam com estas duas mulheres a partir de 2021. Porém, o êxito que Maria e Diana obtiveram neste verão quente das manhãs já lhes está colado à pele.