Donos de gatos são mais cautelosos nas compras do que os de cães

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[Fotografia: Japheth Mast/ Pexels]

O comportamento do consumidor é afetado por duas mentalidades opostas, o foco na promoção e o foco na prevenção. O primeiro mais marcado pela ânsia e o segundo pela cautela.

Este foi o ponto de partida do investigador da Universidade da Califórnia, Xiaojing Yang, que se propôs estabelecer uma correlação entre consumidores e donos de animais de estimação. Ora, se os cães são mais associados a um foco de atenção e os gatos mais cautelosos, o analista acredita que a exposição a estes animais recorda as pessoas desses traços e ativa uma mentalidade que lhes está relacionada.

O estudo teve por base a confrontação dos donos de gatos e cães com definições básicas de compra de ações e fundos, destacando o risco associado ao primeiro. De seguida, questionaram em qual preferiam investir e descobriram que os donos de cães eram mais propensos a optar pelas ações.

Outras experiências revelaram ainda que os donos de gatos preferiam optar por produtos que evitassem problemas, ao contrário dos restantes.

Torna-se também importante notar que foram conduzidos 11 estudos no total. Um dos testes realizados tinha como objeto de estudo um item não relacionado a animais e sim uma lotaria. Em suma, as pessoas mais ligadas aos cães mostraram-se mais dispostas a trocar o dinheiro que tinham em mão por uma oportunidade de ganhar na lotaria.

Outro teste envolveu um anúncio de sapatilhas com foco em promoção. Resultado? As pessoas com maior ligação aos cães fizeram ofertas mais elevadas do que as pessoas mais ligadas a gatos. Porém, quando os anúncios tinham como foco a prevenção, os donos de gatos mostraram-se mais propensos.

Mas a pesquisa não contemplou apenas o consumo. Um dos estudos realizados tinha como foco a resposta à Covid-19 e também revelou uma dicotomia entre estes dois grupos.

Através das informações da American Veterinary Medical Association foi possível calcular a proporção de casa com cães e gatos em cada estado. Depois, o grupo de teóricos examinou os casos de Covid-19 per capita, de janeiro a novembro de 2020, com base nos dados relatados ao Centro de Controlo de Doenças norte-americano. Desta forma foi possível descobrir que pessoas em estados onde o número de proprietários de cães é maior, eram mais propensas a contrair o vírus.