Erros a evitar e regras a cumprir se for ver a bola a casa de amigos

Group of friends jump in joy when their team scores a goal.
[Fotografia: Istock]

80 dias depois da paragem forçada, a primeira Liga de futebol está de regresso esta quarta-feira, 3 de junho, mas não sem estar envolta em polémicas quer sobre a transmissão dos jogos, quer sobre as regras para evitar a propagação da pandemia por parte de aficionados e de clubes.

Por isso, a diretora executiva de Liga de Clubes, Sónia Carneiro, junta-se à voz de todos os jogadores de todas as equipas que pedem para que os “adeptos fiquem em casa e que assistam ao jogo pela televisão”, referiu a responsável. Em entrevista à Antena 1 acrescentou que os encontros físicos nos relvados vão contar com “forte dispositivo policial nas imediações dos estádios”.

Apesar de mais recolhidos, é bem possível que muitos adeptos acabam por se visitar em casa de outros para poder acompanhar as partidas. Para garantir a segurança de todos, veja abaixo o que pode e deve fazer se vai ver a bola a casa de amigos.

É importante lembrar que os abraços de celebração, os beijos ou os brindes para evocar um golo ainda não receberam convite para festas desta natureza, mas a promessa para voltar a estar junto pode bem superar as novas contingências.

Mãos, máscaras e gel

E se todos devem estar de máscara quando chegarem pelo menos até começaram e beber um primeiro aperitivo – diz o médico francês Alexis Hautemanière, médico epidemiologista e higienista e a propósito dps jantares de amigos em casa. O anfitrião tem mesmo de a usar quando começar a manusear os alimentos ou bebidas. “Assim que se preparam os pratos, há respiração e toque nos alimentos”, lembra o especialista.

Tal não descarta, como seria de esperar, a lavagem frequente das mãos quer parte de quem cozinha, quer por parte de quem chega e entra em casa. Ter gel hidratante disponível e acessível para os convivas logo à porta de casa é agora uma obrigação e uma nova regra de boa educação.

Distanciamento e evitar passear-se pela casa

Com espaços mais curtos, os encontros talvez tenham de ser mais faseados para comportar menos gente de cada vez. O objetivo é simples: manter-se. Uma distância de dois metros uns dos dos outros, vinca o especialista.

Ora, devem também ser evitados circuitos desnecessários nesse mesmo espaço. “Se tem o vírus e se se desloca, está a espalha-o nas superfícies em que coloca as mãos. Se alguém colocar as mãos e as levar à cara, haverá contaminação”, refere Hautemanière.

Servir logo em individuais

Petiscos, entradas, pratos e sobremesas devem ser servidos individualmente. O objetivo é evitar que os convivas se sirvam todos de um mesmo recipiente e não toquem na comida de todos depois de terem levado os dedos à boca.

Marcadores

Para que não haja troca de copos, pratos, talheres e guardanapos, é mesmo importante que estes estejam devidamente assinalados como o seu.

Desinfeção

Quando a festa acaba, é tempo de desinfetar tudo com um detergente como simples. Uma limpeza que deve contemplar todas as superfícies que foram tocadas, da sala à cozinha, à casa de banho, às portas.