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Espanha: Contra governo de mulheres, liderança feminina na oposição?

Percorra a galeria e conheça as mulheres do novo governo de Sanchez. Elas estão em maioria [Fotografias: EPA]
Pedro Sanchez, primeiro-ministro espanhol, toma posse após queda de Mariano Rajoy por moção de censura.
Pedro Sánchez escolheu para "número dois" (vice-presidente) do seu executivo Carmen Calvo, que irá acumular com o novo Ministério da Igualdade. Atual secretaria de Igualdade do PSOE, Carmen Calvo foi ministra da Cultura de Zapatero.
A nova ministra da Economia é Nadia Calvino, que tem sido até agora diretora-geral da Comissão Europeia e responsável pelo Orçamento comunitário, em Bruxelas. A escolha desta funcionária europeia, que será a representante de Espanha no Eurogrupo (fórum dos ministros das Finanças europeus), é vista como um sinal inequívoco de Pedro Sánchez para demonstrar o seu empenho na continuação da redução do défice orçamental espanhol.
Ministra da Fazenda (Orçamento): María Jesús Montero. Licenciada em medicina, esta política saneou as contas públicas da Comunidade Autónoma da Andaluzia, onde era até agora conselheira (ministra regional). Este é mais um nome que envia uma mensagem a Bruxelas e aos mercados no sentido de que Madrid pretende cumprir o rigor económico e a ortodoxia da União Europeia.
Ministra da Indústria, Reyes Maroto
Ministra da Energia e do Meio Ambiente: Teresa Ribera
Ministra da Saúde, Consumo e Bem-Estar Social: Carmen Montón
Ministra da Justiça: Dolores Delgado
Ministro do Interior (Administração Interna): Fernando Grande-Marlaska
Ministra da Educação e Porta-voz: Isabel Celaá
Ministro do Fomento (Obras Públicas, Transportes e Comunicações): José Luis Ábalos
Ministro dos Assuntos Exteriores(Negócios Estrangeiros), da União Europeia e da Cooperação: Josep Borrell. Este antigo governante tem um socialista veterano que foi ministro do histórico Felipe Gonzalez e presidente do Parlamento Europeu. Borrell tem dado nas vistas nos últimos meses como um dos mais destacados defensores da Constituição e da unidade de Espanha na sua Comunidade Autónoma, a Catalunha
Ministro da Agricultura: Luis Planas
Ministra do Trabalho: Magdalena Valerio
Ministra da Defesa: Margarita Robles
Ministro da Cultura e do Desporto: Màxim Huerta
Ministra das Administrações Públicas: Meritxell Batet
Um dos nomes mais surpreendentes anunciados para fazer parte do novo executivo foi o de Pedro Duque, um astronauta que viajou duas ao espaço (1998 e 2003) e que será o novo ministro da Ciência, Inovação e Universidades.

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A estratégia do Partido Popular (PP) espanhol para fazer oposição ao novo governo dos socialistas do PSOE, liderado por Pedro Sánchez e maioritariamente composto por mulheres, poderá passar por uma liderança feminina.


Veja na galeria, em cima, a composição do novo governo espanhol.


Depois da demissão de Mariano Rajoy do cargo de presidente do PP, duas mulheres surgem na corrida para ocupar o lugar deixado vago pelo ex-chefe do executivo espanhol: Soraya Sáenz de Santamaría, a ex-vice-presidente do anterior governo, e María Dolores de Cospedal, ex-ministra da Defesa do mesmo executivo.

María Dolores de Cospedal, à esquerda, e Soraya Sáenz de Santamaría, à direita. [Fotografia: Wikimedia Commons]
As duas anunciaram, esta terça-feira, 19 de junho a sua intenção de liderar o partido. O anúncio é feito 24 horas antes de terminar o prazo de apresentação das candidaturas para o lugar.

Além de Soraya Sáenz de Santamaría e María Dolores de Cospedal, apresentaram também a sua candidatura o vice-secretário do PP, Pablo Casado, o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, José Manuel García Margallo, o deputado José Ramón García Hernández e o ex-líder da juventude do PP (Novas Gerações), José Luis Bayo.

Mariano Rajoy sublinhou, na semana passada, que não tem “sucessores nem delfins”, nem pensa apontar ninguém que o substitua, para não cometer uma “enorme injustiça”. No entanto, as duas candidatas foram figuras proeminentes no último ano de governação.

Soraya Sáenz de Santamaría ficou responsável pela gestão da Catalunha, depois do mais recente referendo pela independência, cuja constitucionalidade o governo do PP nunca reconheceu, e que levou à passagem do controlo de poderes políticos e administrativo para Madrid, que se seguiu a esse momento.

María Dolores de Cospedal enquanto secretária-geral do partido – a primeira mulher a assumir esse cargo no partido da direita espanhola -teve de lidar com os escândalos de corrupção, entre os quais o do ex-tesoureiro do partido, que, em maio passad,o foi preso para cumprir 33 anos de prisão, facto a que aludiu no discurso de candidatura que fez esta terça-feira. “Dei a cara pelo PP” foi um das frases fortes que proferiu a candidata.

As eleições internas do PP para escolher o novo presidente do partido realizam-se a 5 de julho. E a 20 e 21 do mesmo mês está marcado um congresso extraordinário para eleger a nova direção e confirmar o líder eleito a 5 de julho.

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