Esta é a idade em que aprendemos a desprezar

Um olhar perscrutador e analista de alto a baixo, um sobrolho franzido, uma covinha na bochecha e, muitas vezes, acompanhado de um suspiro de profundo menosprezo. Parece um cenário de horror, mas é, muitas vezes, uma atitude com a qual nos confrontamos com regularidade. Há sempre dois caminhos a tomar diante de pessoas que adoram desprezar: a reação ou o silêncio.

A verdade é que há quem faça do desprezo um hábito, e até uma arte, precisando dele para viver, como oxigénio se tratasse. Há quem, felizmente e também a um nível profissional, consiga anular este tipo de comportamento tóxico. E quanto a receitas, já lá vamos!

Mas afinal, em que idade é que este tipo de atitude – que compreende vários níveis, como pode ver na galeria acima – passa a fazer parte das personalidades, com mais ou menos incidência?

Segundo o diário espanhol El Mundo, trata-se de uma aversão que, podendo crescer ao longo da vida, ganha a sua maior velocidade entre os seis e os 12 anos. Este intervalo etário é o período em que as pessoas definem o que gostam e o que detestam, consolidando gostos. É também nesta altura que se desenvolvem os medicamentos que combatem estas atitudes e que passam pelo respeito e altruísmo.

Respeito e compaixão, os anti-inflamatórios do desprezo

Na dúvida e diante de uma pessoa tóxica, o primeiro passo implica sempre respirar fundo – fechar os olhos é opcional – e esperar que a reação inicial face a uma atitude de desprezo se dilua numa espécie de compaixão. Este compasso de espera também ajuda a alinhar ideias, evitando que façamos comentários ou tomemos atitudes semelhantes.

De seguida, é importante olhar para os pontos positivos do interlocutor e encontrar alguns aspetos a valorizar. Fazer perguntas e mostrar interesse por quem menospreza pode ajudar a diminuir o ímpeto de agressão por parte deste.

Ouvir histórias de outras pessoas em iguais circunstâncias agressivas também pode ser uma ferramenta para ajudar a lidar melhor com o desprezo. Por fim, um pequeno elogio pode sempre desarmar qualquer testa franzida ou queixo levantado.

Imagem de destaque: Shutterstock

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